A alemã Angelique Kerber, ex-número 1 do mundo, concedeu uma entrevista ao jornal alemão Bild na qual falou sobre a maternidade e sobre seus planos de voltar ao circuito mundial de tênis no início da próxima temporada, já na Austrália.
A alemã, de 35 anos, deu a luz no último mês de fevereiro a sua primogênita Liana e desde então tem se dedicado à maternidade e a sua recuperação física para retornar ao circuito profissional. Kerber conversou com o jornal durante a última semana quando esteve em Bad Homburg para participar da aposentadoria da compatriota Andrea Petkovic.
"Voltarei quando a nova temporada começar com o objetivo claro de jogar o Aberto da Austrália. Isso também inclui os torneios preparatórios em janeiro na Austrália, talvez a United Cup para a Alemanha. Voltar ao torneio do Grand Slam em Melbourne seria um sonho", explicou a alemã que havia previsto voltar ao circuito já neste Us Open.
Kerber contou ao jornal que é muito estranho não jogar Wimbledon este ano. Campeã do torneio em 2018, alemã não perdeu nenhuma edição desde 2006 e revelou que estará presente em Londres a partir das quartas de final para atividades de patrocinadores e acompanhar as partidas.
A alemã contou que já tem treinado em quadra, mas o foco de seu trabalho é a patê física. “Tenho grandes expectativas sobre mim mesma, isso não mudou. Por outro lado, também estou ciente de quão longo pode ser o caminho de volta. Não quero voltar só para brincar. Essa seria a atitude errada, não preciso mais provar nada a ninguém. É por isso que estou tomando meu tempo agora para ficar em forma. Eu provavelmente poderia jogar em Wimbledon e no US Open este ano, mas não no nível que imagino. Meu objetivo são os torneios do Grand Slam, é para isso que estou trabalhando. E, claro, as Olimpíadas de 2024 em Paris”.
Questionada sobre as mudanças que a maternidade lhe promoveu alemã pontou: “Ter a nova consciência de sempre pensar por alguém e estar lá. Isso vira seu mundo de cabeça para baixo. Ela agora assumiu o papel mais importante. É fascinante ver a rapidez com que tudo muda. São tantas emoções e sentimentos positivos, todos os dias. O progresso é enorme. Eu nunca teria pensado assim”.
Kerber também foi questionada a respeito de Venus Williams, que segue no circuito aos 43 anos, e disse admirar a norte-americana, mas não se vê jogando aos 43 anos. Entre a maternidade e vencer Wimbledon, Kerber prefere a sensação de ser mãe.
Moradora da Polônia, Kerber disse que era muito difícil opinar sobre o retorno de russos e bielorrussos a disputa de Wimbledon em razão de sua proximidade com a guerra. Perguntada sobre a favorita da chave feminina preferiu não opinar depois na grama tudo pode acontecer