Após vencer o primeiro confronto pela Copa Davis entre Brasil e China, o ceaense Thiago Monteiro, número 1 do Brasil e 78º do mundo, conversou com os jornalistas e comentou com tem sido o clima de preparação e aprendizagem na equipe brasileira.
"Ele jogou super solto, a gente tinha a pressão e obrigação de ganhar. Comecei um pouco mais tenso que o normal, na Copa Davis é um pouco isso a gente tenta se ambientar ao jogo puxando energia e o público. Tive algumas chances no início pra sair um pouco mais solto. Não aproveitei e isso foi me deixando tenso no começo. Não conseguia executar da forma que gostaria, mas sempre buscando boas sensações, estar focado ao máximo, sempre com intensidade. ele jogou bem também, em alguns momentos subiu um pouco nível. Mas Copa Davis é isso todo mundo sobe o nível e no final ter aproveitado a última quebra e dar esse ponto pro Brasil é o mais importante e dá ritmo e confiança", declarou o número 1 do país.
Perguntado o formato da competição, o cearense respondeu: "Não só ajuda na minha (confiança), mas de todos. Essas competições de equipes tentamos aproveitar ao máximo, um ajudar o outro ao máximo. Eu passar minha experiência e aprender com todos da equipe e os juvenis. Ontem tivemos uma reunião super bacana para programar o dia, sempre temos uma no final do dia, o capitão passa a experiência e as coisas e do nada chega o Guga e o Meligeni . Vivenciar isso e aprender com esses caras que são tão renomados agrega muito. Passa muita inspiração e confiança. Ter o capitão ali em cada virada te puxando pra cima e isso sem dúvidas é muito importante para nossa produção".
Experiente jogador de Copa Davis, Monteiro tem compartilhado com o jovem paulista Matheus Pucinelli, que é titular da equipe e joga o torneio pela segunda vez na carreira. Vindo de título nas duplas mistas do Australian Open, o gaúcho Rafael Matos também faz parte da equipe que nesta semana contou com conselhos dos ex-tenistas Gustavo Kuerten e Fernando Meligeni.
Meligeni está em Florianópolis onde prestigia a sobrinho, Felipe Meligeni, também parte do time Brasil e foi homenageado. O ex-top 25 já foi capitão brasileiro na Copa Davis e jogou ao lado de Jaime Oncins, atual capitão brasileiro.
Monteiro ainda comentou o que acha do formato de disputa de jogos na Copa Davis: "Na minha visão esse formato (e sets) deixa a gente mais cômodo em questão de desgaste. Cinco sets é outro tipo de preparação e de jogo. Eram mais confrontos durante o ano também. às vezes tinha um confronto, depois playoff, não tivemos a oportunidade de ir pras Finais pra sentir como é, mas é diferente, só uma partida por vez, um mando de campo, daria . Poderia ter um formato ainda um pouco melhor, questão de que Copa Davis é muito de jogar em casa, fora de casa , condições e tudo, de uma forma que não deixasse o calendário bem desgastante. Joguei meu primeiro torneio agora em 27 de dezembro e o último é tipo 10 de novembro. Temos duas semanas de férias, depois pré-temporada e jpa viajamos. Deveria ser pensado junto com a ATP e tentar fazer com que agregasse no calendário e não desgastasse mais. Meu papel é entrar em quadra e jogar, amo Davis e representar o Brasil independente do formato que for se eu joguei o outro e defendia da mesma forma que faço agora e buscando levar nosso país para o maior lugar que puder".