Em entrevista coletiva após sua vitória de segunda rodada em Roland Garros, Novak Djokovic comentou mais bastidores sobre a decisão da ATP em retirar os pontos de Wimbledon e da insatisfação de jogadores.
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Estão chateados os jogadores que foram bem no ano passado e não poderão defender seus pontos. E Djokovic revelou que a ATP vem conversando com a LTA, a Lawn Tennis Association, que organiza o Grand Slam britânico. O sérvio falou sobre a questão enquanto comentava sobre a PTPA, a Associação dos jogadores que criou em agosto de 2020 paralela ao conselho dos jogadores da ATP.
"O PTPA continuará existindo, embora muitos dos órgãos dirigentes não queiram que estejamos presentes no ecossistema do tênis. A PTPA é a única associação que representa os direitos de 100% dos jogadores. Não estamos na mesa de negociações onde deveríamos estar porque não somos reconhecidos pelos Grand Slams.
Quanto aos jogadores, há reclamações. Falei com alguns, especialmente os que se saíram bem no ano passado em Wimbledon e os mais afetados. Falei com o presidente da ATP há alguns dias e ele me disse que havia algumas conversas com a LTA, mas não me disse mais nada. Duvido que a ATP mude sua decisão.
É por isso que o PTPA deve existir. A voz de alguns jogadores não é ouvida o suficiente. Sempre defendi a união entre os jogadores, mostrando a força que eles têm. Como fazemos parte de um esporte individual, também temos esse obstáculo. A maioria dos jogadores, infelizmente, cuida de seus próprios interesses pessoais e não dos interesses coletivos. É aí que os conflitos tendem a aparecer."
Nole passou pelo eslovaco Alex Molcan, pupilo de Marian Vajda, seu técnico de longa data até o começo deste ano, por 6/2 6/3 7/6. Sobre o jogo ele apontou: "Me senti bem em quadra, estou feliz com a forma como bati na bola. Hoje é aquele tipo de jogo com condições complicadas e jogando contra um especialista em saibro, que vem de final na semana passada. Tudo está indo na direção certa. Estou ansioso para o próximo desafio, é a única coisa em minha mente. É hora de continuar e ver até onde posso ir."
Nole ainda falou sobre sua frequência nas redes sociais e até como controla com seus filhos de sete e quatro anos de idade: "Eu também os uso, mas cabe a cada indivíduo aprender a controlar o tempo que você gasta com eles. Tudo se resume a isso, há muitas coisas boas e interessantes que você pode fazer ou aprender na internet e nas redes sociais. Há muita informação e nem tudo é bom. Faz parte da nossa vida atual e não acho que seja possível eliminá-la da vida de um jovem tenista. Não acho que proibir o acesso às redes seja a melhor solução, porque ele ou ela vai usá-las de qualquer maneira.
Acho que se trata de tentar trabalhar com os mais novos e fazer com que essa pessoa se sinta à vontade para compartilhar. É um desafio. Sou pai de dois filhos, de 7 e 4 anos, e sei que esse período se aproxima. Minha esposa e eu temos pensado sobre isso e não é fácil. Também depende de onde você mora, como você vive e qual é o seu estilo de vida. Você tem que encontrar a fórmula que funciona para você individualmente.”