Um levantamento feito pela reportagem do The New York Times aponta que esta não é a primeira vez que a organização de Wimbledon decidiu banir atletas de determinadas nacionalidades em razão de uma guerra. Isso ocorreu na década de 1940.
Em 23 de abril de 1948, o The New York Times publicou uma nota confirmando a continuidade do banimento de atletas oriundos dos "países inimigos" durante a Segunda Guerra Mundial.
Na época, Wimbledon confirmou o banimento de todos tenistas oriundos dos países do Eixo, incluindo Alemanha e Japão.
À época, o argumento de Wimbledon era que apenas atletas que poderiam disputar e disputavam a Copa Davis seriam autorizados a se inscreverem no torneio.
A nota da década de 1940 ainda ressalta: "O banimento foi retirado ano passado de outros inimigos: Itália, Áustria, Hungria e Romênia".
O primeiro atleta de Alemanha e Japão a participar de Wimbledon após esse banimento foi o alemão Gottfried Von Cramm, em 1951.
Vale ressaltar que o mesmo argumento de 'banimento da Davis' não permitia a inscrição em Wimbledon, o iugoslavo Nikola Pilic foi proibido de disputar o torneio em 1973. Pilic não havia defendido seu país no torneio entre nações.
A precedent I hadn't known to the Wimbledon news (h/t @christophclarey):
— Ben Rothenberg (@BenRothenberg) April 21, 2022
Athletes from Axis countries were banned from Wimbledon for years after World War II ended.
Gottfried Von Cramm, it appears from the archives, was first German back in a Wimbledon draw in 1951.
From 1948: pic.twitter.com/GhF1BxO3YZ