Por Fabrizio Gallas - Luiz Carvalho, diretor do Rio Open, concedeu entrevista coletiva neste domingo para fazer um balanço da competição e fez avaliação positiva do evento, apesar da chuva ter atrapalhado a programação a partir da metade para o fim.
"Avaliação super positiva , novembro ou dezembro não tínhamos a certeza de realizar o evento. As sensações de estar falando com você no domingo da final entre Alcaraz x Schwartzman com o Bruno na dupla, não poderíamos ter um cenário melhor com 100% dos ingressos vendidos em todas as sessões praticamente , feedback positivo e patrocinadores, atletas. É especial voltar depois de dois anos e ter um pouco de felicidade e bom momento depois de tanto sofrimento que passamos", disse Luiz Carvalho que explicou a ansiedade que teve diante dos problemas meteorológicos.
"A chuva nunca é bem-vinda. Teve anos piores e a chuva é bem pior quando pega no começo do torneio quando tem muito jogo, começa ter muitos problemas para frente. Conseguimos jogar dois, três dias sem chuva. O desafio desse ano é que a chuva foi muito fininha e não mostrava no radar, não sabíamos a hora que iria voltar e isso gerou um pouco de ansiedade. Tomamos decisões sem ter certeza se vinha uma chuva forte ou garoinha fina que não parava. No oitavo ano foi a primeira vez que aconteceu isso e não conseguimos entender a dinâmica", explicou Luiz que comparou com outros eventos do circuito e disse que os jogadores não reclamaram.
"Em relação aos jogadores eles estão tão calejados, Rio Open não é o único evento que tem problema com chuva, tem outros também em Wimbledon a vida inteira teve problema com chuva, agora tem duas quadras cobertas, mas segue tendo e nas outras quadras todo mundo fica dentro do vestiário tendo que esperar . Os jogadores estavam super tranquilos e você sabe que a decisão se cancela ou segura vai muito em base do feedback deles e eles queriam jogar. Graças a Deus domingo chegamos na programação só com a semi de duplas atrasada e uma final de duplas que até encaixou melhor por ter o Bruno Soares".
A chave esse ano diminuiu de 32 para 28 jogadores. Carvalho explicou que foi um pedido após a troca do evento de Doha para a mesma semana: "Ficamos com medo de pulverizar de jogadores e que a chave fecharia muito fraca, então ia acabar dividindo com mais um torneio. A ATP achou legal e eu gostei do formato dos 28 pois protege os jogadores que vão bem em Buenos Aires . Ruud infelizmente foi uma fatalidade, o caso do Schwartzman também conseguiu o mais tarde que poderia se fosse uma chave de 32, mas foi caso de um ano , não acho que iríamos conseguir mais".
Na próxima semana, Acapulco receberá um ATP 500 com presenças de Rafael Nadal, Stefanos Tsitsipas, Daniil Medvedev e das chaves mais fortes do circuito.Para Lui não há comparação diante da posição do torneio e a semana no calendário.
"Acapulco é um caso especial, estão em uma semana ótima, o torneio é excelente, redondíssimo , melhor ATP 500 do ano . É difícil, pois a semana do Rio não é tão favorável quanto a de Acapulco, mesmo que a gente fosse na quadra dura que está mais perto de Indian Wells. Eu não fico me apegando a ranking ter dez top 10, cinco top 10, e sim ter um mix de jogadores, o Alcaraz não era nem top 30 mas é mais especial de ver do que vários top 10. Esse ano demos sorte no line up, acabamos perdendo alguns nomes, mas no todo a chave ficou bem legal, se conseguirmos voltar todo ano com chaves desse tipo eu ficaria feliz "
A questão de uma possível mudança para a quadra dura do Rio segue em pauta, mas as discussões estão em menor escala nos bastidores do circuito
"Continuamos pedindo quadra dura não só pela questão do Centro Olímpico, mas porque essa época do ano é difícil jogar no saibro jogadores fazendo essa transição da Austrália da dura para o saibro e depois Indian Wells e Miami, na dura seria mais fácil poder ter um Tsitsipas, Zverev, jogadores que priorizam o piso duro nesse momento. O assunto meio que morreu , mas a partir de 2023 e 2024 tem o planejamento estratégico da ATP ele vem apresentando algumas mudanças que vêm saindo aos poucos na imprensa . Tem bastante coisa por trás, essa é uma das coisas que estamos almejando nessa mudança, mas confesso que não será para 2023 e será mais à longo prazo".