Por Fabrizio Gallas - Em coletiva de imprensa neste domingo, Luiz Carvalho, diretor do Rio Open aplaudiu a fala de Andy Murray pedindo a vinda de um Masters 1000 para a América do Sul e disse que o Brasil está preparado para um evento dessa magnitude.
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"O tweet do Murray só corrobora com o que já vinhamos vendo e vivenciando aqui na América do Sul como um todo, não só o Rio, mas Buenos Aires também que têm uma história legal de tênis, têm um público e mercado para isso. Pelo que eu li e vi os comentários fico com que legal que finalmente as pessoas conseguiram enxergar isso fora do Brasil , ter o Murray tuitando isso é como se fosse um selo de qualidade nosso . O que aconteceu não só esse ano , mas nos outros na quadra aqui, a energia está muito mais acima que Doha, Dubai , Los Cabos. A gente tem essa vantagem e é uma coisa que sempre usei para trazer os jogadores . Nós somos melhores que o resto do mundo nessa questão", disse Luiz Carvalho que comentou os entraves pelas organizações do tênis para eventos maiores no continente.
"A América do Sul às vezes a ATP, a WTA e as organizações acham que não temos a capacidade ou a oportunidade de ter torneios maiores. Nós mesmos brasileiros às vezes jogamos contra 'Ah Masters 1000, não temos público pra isso' . O Brasil está preparado há algum tempo . O Guga foi um dos que abriu portas no país, a Argentina tem algo como uns 12 jogadores no top 100 . Tem culturas, público e mercado para isso . Agora, sabemos as dificuldades de se ter um Masters 1000, participamos de reuniões da ATP , sabemos que não é uma questão de ir pega um Masters 1000 aqui . É uma questão de governança e política um pouco mais complicada que faz com que isso seja um pouco mais desafiador".
Torneio WTA no radar, aguardando oportunidade
Durante a coletiva foi perguntado também sobre a possibilidade de um WTA. Nas três primeiras edições o Rio Open era um evento combinando entre homens e mulheres, mas desde 2017 só os homens jogam a competição. A chance existe, mas ainda não há data para a volta o que ocorreria somente em outra época uma vez o Jockey não comporta os dois eventos juntos em uma mesma semana.
"O Rio Open começou como um evento masculino e feminino. Por uma decisão estratégica, o torneio se manteve só com o masculino . A gente acredita muito no feminino principalmente pela Bia, não é só ela, está sendo exposta para outras, está vindo uma geração muito forte como a Victória Barros e a Nauhany Silva também não vamos colocar o tênis feminino nas costas delas, meninas de 13, 14 anos , mas já dá pra ver que têm muito potencial . A gente acredita no produto , estamos aguardando a oportunidade certa para poder trazer o feminino de volta . Hoje ter o combined junto aqui no Jockey, não é possível , não tem quadra suficiente , vocês viram que não tem como jogar tênis durante o dia nesta época do ano por causa do calor. Estamos estudando formas de trazer o feminino de volta pra ter essa plataforma da Bia, da Luisa , Carol, Laura também. Está em nosso radar. Ainda não temos um timeline certo de quando irá acontecer, tomara que seja bem em breve".