Uma das maiores lendas do tênis, a americana Billie Jean King, saiu em defesa do grego Stefanos Tsitsipas e seu pai, Apostolos, que falam abertamente em oficializar a instrução técnica dada durante a partida, que leva o nome de 'coaching'.
Billie Jean participou da última edição do podcast do ex-número 1 do mundo nas duplas, Patrick McEnroe e falou de polêmicas do momentos, incluindo os problemas em quadra que Tsitsipas teve durante a final do ATP 500 de Roterdã, na Holanda, onde acabou derrotado pelo canadense Felix Auger Aliassime.
"Deixe as pessoas darem 'coaching'... como o treinador e pai de Tsitsipas. Eles têm sinais [para comunicação] como o treinador da terceira base faz no beisebol. Apenas livrem-se disso. Dessa forma, o pobre árbitro não precisa prestar atenção a isso”, pontuou ela recordando que é de responsabilidade do árbitro de cadeira fiscalizar não apenas as jogadas, as marcações dos juízes de linha, bem como reter as atividades dos boxes das equipes de cada um dos jogadores em quadra.
“Antes de mais nada, o jogador tem que ser capaz de acertar o golpe”, resumiu ela, que fundou a Associação das Tenistas Profissionais WTA) há cinco décadas.
“Você [Patrick] foi treinador da Copa Davis. Você sabe que pode dizer o que quiser, mas isso não significa que o jogador vai fazer isso”, finalizou.
No circuito feminino, em torneios em nível WTA, em todas as partidas as tenistas têm o direito de solicitar um tempo técnico por jogo. O período consiste em 3 minutos de conversa, em quadra, entre atleta e seu treinador. O tempo pode ser solicitado entre sets ou em paradas de games para troca de lado.
No tênis masculino, a regra é inexistente e toda e qualquer comunicação entre tenista e equipe são proibidas, passíveis de advertência, escalando para perda de ponto e até game.
Nos torneios do Grand Slam, para todas as chaves, a comunicação é proibida, nos moldes das regras do circuito ATP.