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Pennetta sobre Djokovic: 'Sendo tratado como criminoso'

Domingo, 23 de janeiro 2022 às 23:48:31 AMT

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Em entrevista ao jornal Corriere de la Sierra, da Itália, Flavia Pennetta, já aposentada e campeã do US Open, esposa de Fabio Fognini, comentou sobre o caso Novak Djokovic. Ela é muito próxima do sérvio.



"Para começar, ele é um amigo para mim, temos um bom relacionamento, nos conhecemos há muito tempo. E me dou muito bem com seus dois agentes, duas pessoas excelentes. É difícil para mim entender tudo o que foi gerado. Nole sempre foi diferente em seu modo de vida, desde o que come até suas amizades. Sempre tomou decisões muito pessoais, sim, apoiado por sua esposa Jelena que sempre esteve ao seu lado. Sobre o que aconteceu com sua expulsão da Austrália, é difícil para mim, sinto muito, porque não tenho dúvidas de que Djokovic é um cara legal, ele não é um perigo público", disse a italiana.

"Ele fez sua escolha. Levando em conta as coisas que já aconteceram, o melhor é que ele ficasse em casa e não levantou esse desafio para a Austrália, um país que não compartilha nada de sua posição, com um confinamento muito longo e medidas muito rígidas. Ele poderia ter ido no ano que vem e nada disso teria acontecido."

Pennetta ponderou sobre o desejo do número 1 pelo recorde de Grand Slams: "Nole quer muito esse recorde, assim são os grandes campeões, eles têm aquele fogo que queima dentro deles. É como Serena Williams, que completou 40 anos e apesar disso não desiste. Vencer é uma droga para eles, uma atração irresistível. Como ele reagiu quando conseguiu o visto de volta? Saiu do hotel e foi direto para o treino."

Pennetta deu sua visão sobre a vacinação: "Tenho amigos não vacinados que não se chamam Novak Djokovic. Sou a favor da liberdade de escolha. Minhas decisões foram tomadas por mim e por meus filhos. Há mães que foram vacinadas durante a gravidez. Esperei para dar à luz. Eu diria ao Nole: 'Você é burro, você poderia ter ficado em casa com sua esposa e filhos!'

"Eles estão punindo muito ele agora. Tratando-o como um criminoso. Obviamente ele não deveria ter se colocado na posição de ser expulso pelo governo australiano. Eu teria ido para a Quadra Central para treinar, suar para um tempo, e então convocaria uma grande coletiva de imprensa onde ele diria: "Queridos australianos, eu vim aqui para jogar tênis, não queria machucar ninguém. Sinto muito por ter sido mal interpretado. Até o ano que vem".

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