O sérvio Novak Djokovic, número 1 do mundo, não será deportado da Austrália nesta quinta-feira. Sua equipe de advogados conseguiu uma liminar para que ele permaneça no país ao menos até a próxima segunda-feira.
O pedido de liminar ocorreu após um juiz da instância federal australiana aceitar o pedido de revogação da deportação do tenista, que não teria apresentado documentos suficientes para as autoridades migratórias a respeito de sua isenção da vacina contra a Covid, principal exigência para entrar no país.
Segundo reporta o The Age, durante o dia nesta quinta-feira, os advogados do tenista viram a audiência online de apresentação do caso ser adiada por duas vezes, pois o juiz do processo, Kelly, não havia recebido as documentações por escrito dos advogados do sérvio.
Após receber a documentação e ouvir previamente a defesa do tenista, o juiz marcou para a próxima segunda-feira (10/01) a audiência que pode cancelar a deportação de Djokovic. O juiz ainda explanou que pretende ouvir o depoimento do atleta na audiência da próxima segunda-feira.
Advogados especializados em direito migratório ouvidos por veículos de mídia australianos, como The Age, The Herald Sun e a TV 9News são contundentes ao afirmar que os advogados de Djokovic estão tentando uma manobra bastante arriscada.
"É preciso que se destaque um erro substancial no processo de migração para revertê-lo", declarou o especialista ouvido pela 9News.
Já a advogada ouvida pelo The Herald Sun aponta que "qualquer pessoa que tenha visto de entrada negado pode ser impedido de tentar entrar no país novamente". De acordo com a especialista, isso pode ser determinado pelos agentes migratórios em consonância com a lei local.
Os especialistas apontam que há apenas uma maneira de ter a possibilidade de tentar um novo visto para o país, o processado deve "renunciar ao processo de visto" e também, quando cabível, "assumir ausência de documentação".
Ao não denunciar de um processo de visto negado e ao questionar o procedimento de negação, pode trazer consequências graves explica a advogada ouvida pelo The Age: "Isso tem consequências sérias, qualquer um que tenha visto negado pode ser impedido de entrar na Austrália por 3 anos".