Reportagem trazida pelo jornal TheAge desta quarta-feira traz fontes anônimas dos paineis médicos que fizeram parte da isenção dada a Novak Djokovic para entrar para a disputa do Australian Open mesmo não vacinado.
O sérvio chegou na noite desta quarta-feira em Melbourne após viagem de avião havendo até a possibilidade de retornar caso não provasse sua isenção, mas os paineis independentes da Tennis Australia e do governo australiano foram unânimes na aprovação.
A grande possibilidade seria que Djokovic tivesse um exame positivo de PCR de COVID-19 nos últimos seis meses.
Só que Carolyn Broderick , chefe do departamento médico da Tennis Australia, disse que nem a organização e nem o governo local checaram a veracidade dos documentos apresentados uma vez que ninguém teve contato com os médicos de fora de seu país.
"Eles pediram mais informações, mas, não, ninguém teve contatos com médicos de outro país. Eles (membros dos paineis médicos) foram em fontes oficiais nesses documentos de fora do país, não foram apenas mensagens de texto. Alguns documentos recebidos foram formais de laboratórios. Ao passo que qualquer médico olha os documentos eles não fazem uma operação de inteligência".
Ao ser perguntada mais sobre os documentos, ela apontou: "Não posso comentar das aplicações, mas se você ver as pessoas que pediram pela isenção na Austrália, a maioria delas foi por conta de um COVID recente, particularmente diante da ômicron que está prevalecendo."
O possível contágio poderia ter sido após o US Open quando o sérvio ficou sem jogar até a disputa do Masters de Paris no fim do ano passado.
“Nós gastamos um longo tempo, para ter certeza que foi justo e rigoroso, apontamos especialistas em imunologia, doenças infecciosas e no geral", disse Broderick.
"O painel nem sabia que essas pessoas eram jogadoras. Não foram identificadas. A origem do país também não foi colocada nos documentos exceto em casos de idade que eram importantes, mas a data de nascimento foi removida".