POuco após conquistar seu 5º título na temporada e o 1º da carreira em Cincinnati, a australiana Ashleigh Barty concedeu uma entrevista ao Tennis Channel, onde revelou que não esperava vencer o torneio e contou que vê o US Open como uma festa.
Barty começou falando da campanha, que a surpreendeu: "Vir aqui para Cincinnati, curtir as condições e ter a adaptação de jogar no piso rápido outra vez. É bom chegar com alguns jogos no bolso, jogando de maneira limpa. Honestamente, não era o que estava esperando de mim, mas é bom vir aqui e me encontrar dessa forma", revelou.
Ao ser perguntada se não estava "sendo muito humilde" ao dizer que não entrou no torneio pensando no título, Barty pontuou: "Honestamente eu não esperava. Eu bati poucas bolas desde de Wimbledon, então vim pra cá tentar achar uma forma de me refrescar a cabeça e fisicamente e vir aqui e começar assim, foi uma transição mais fácil do que eu pensava. Mas é fantástico estar aqui competindo, fazendo o que eu amo... diante de uma torcida, muitos sorrisos".
A australiana também foi questionada sobre o nível da adversária, Jil Teichmann, que surpreendeu grandes nomes no torneio, dentre eles a japonesa Naomi Osaka e a tcheca Karolina Pliskova. "Jil é fantástica. Ela pertence a esse nível. Pra mim, este é o nível dela. ela veio e vê-la vencendo algumas jogadoras tops foi ótimo. Ela teve um bom início de temporada, sofreu um pouco com o físico no meio, talvez se não tivesse isso, já estivesse aí. Eu tenho certeza que esta foi a primeira de muitas batalhas para nós. Com Jil ganhando grandes jogos, cada vez mais será reconhecida".
Barty foi sobre que tipo de jogadora que é, se seu foco são os dados e os recordes ou o processo de treinamento e vitórias jogo a jogo, já que entrará na 90ª semana como número 1 do mundo. "Eu sou uma pessoa do processo, pra mim a construção traz o resultado. Eu amo curtir o que estou fazendo, saber, planejar o que fazer com o forehand, trabalhar com o meu treinador no meu toss [lançamento de bola para o saque] ou num plano tático de jogo. Amo tentar executar isso. As vitórias nascem dessas coisas".
Barty foi questionada sobre o histórico de grandes nomes de tênis do seu país e ela disse que se sente "mais inspirada e motivada que pressionada diante de tamanha história". Ela também destacou a unidade da comunidade australiana de tênis: "É maravilhoso saber que estou fazendo bem. Nós temos um sentimento de família e eu adoro isso".
Questionada sobre como vê o US Open, último Grand Slam da temporada, e se está preparada, surpreendeu: "O US Open, na minha visão, é uma grande festa. Você precisa curtir isso, porque se não curtir isso te tira do eixo.