O sérvio Novak Djokovic, número 1 do mundo, concedeu uma entrevista coletiva em Belgrado, capital de seu país, onde está se preparando para a disputa do ATP 500 de Viena, na Áustria, e buscou deixar claro quais são seus objetivos.
Djokovic foi questionado por um dos jornalistas presentes a respeito de suas ambições no esporte: “Sinto um pouco de não ter vencido um dos últimos dois Grand Slams, (eu) estava em grande forma nos dois. Na final de Roland Garros tive um adversário bem melhor naquele dia, e não estava no meu nível. Uma situação lamentável aconteceu em Nova York, mas ganhei os outros torneios, Cincinnati e Roma, se não levar em conta a desclassificação, perdi uma partida (no ano). Sim, a temporada foi interrompida, mas emplaquei muitas vitórias este ano e ele pode ser comparado a 2011 e 2015", ponderou ele indicando 2020 como um dos notórios anos de sua carreira.
"Estou pulando Paris", seguiu ele. "Depois de Viena vou para Londres [ATP Finals]. Os objetivos são claros, quero terminar o ano como número 1 e ganhar uma vantagem significativa para os primeiros três meses de 2021, porque assim alcançarei um dos dois maiores objetivos. Temos que aceitar que teremos muita pressão e a questão é se você vai usar isso como combustível ou contra você mesmo. Fui educado para ser honesto. As pessoas podem gostar de fingir, eu respeito isso. Meu objetivo é ser o número 1 da história e estou trabalhando nisso", concluiu.
Djokovic ainda foi questionado sobre opiniões recentes que deu sobre a exclusão de juízes de linha das quadras e a substituição por marcas de sistema eletrônico.
"Recebi muitas críticas por dizer que deveríamos considerar não ter um juiz de linha. Isso não tem nada a ver com a minha desqualificação [do US Open], embora as pessoas tenham vinculado a isso. Eu tenho essa opinião há anos. Agora vimos como é em Nova York, pela primeira vez, e foi perfeito, o fator de erro humano diminuiu. Não sou alguém que adora tecnologia e não pode prescindir dela, a sociedade tecnocrática foi um pouco longe demais, mas se já podemos ser mais eficientes e precisos, por que não? Para pessoas que se voluntariam como juízes de linha, podemos encontrar outras funções dentro da organização do torneio, só acho que está em neste caso, a tecnologia é a melhor solução”, ponderou.