O sérvio número 1 do mundo, Novak Djokovic, concedeu uma entrevista ao jornal The New York Times, assim de sua chegada à Nova York para a disputa do Masters de Cincinnati e o US Open, e esclareceu "polêmicas" surgidas durante a quarentena.
Na entrevista com Christopher Clarey, Djokovic comentou que entendia críticas vindas de pessoas das Américas ou mesmo Austrália a respeito da Adria Tour, já que estes lugares viviam uma realidade diferente a dos balcãs na mesma ocasião. Ainda sobre o torneio exibição que organizou em junho na região e que terminou antes do programado após a contaminação de quatro tenistas [Djokovic, Viktor Troicki, Grigor Dimitrov e Borna Coric], três membros técnicos e até familiares dos atletas, dentre eles a espoa grávida de Troicki, Nole pontuou que sabe que "cumpriu todas as determinações, das autoridades locais" e ressaltou "que fez tudo com boa intenção".
O número 1 do mundo afirmou que "não há muito o que fazer, se não aceitar as críticas", porém se mantendo ciente "que fez tudo com bons motivadores".
Também durante a quarentena, mas antes da Adria Tour, Djokovic virou destaque na imprensa mundial por afirmar que não era a favor de ter de tomar uma vacina da COVID-19 para competir profissionalmente, o sérvio ainda havia dado a entender ser contra o processo de vacinação das pessoas.
O sérvio relatou que foi um paciente com poucos sintomas da COVID: "tive fadiga, perdi o olfato e paladar e também notei que perdi um pouco do vigor físico na retomada dos treinamentos". Porém, essa vivência não mudou sua perspectiva a respeito de vacinação obrigatória quando existir a vacina para a COVID-19.
“Vejo que a mídia internacional tirou isso um pouco do contexto, dizendo que sou totalmente contra vacinas de qualquer tipo. Meu problema com as vacinas é se alguém está me forçando a colocar algo no meu corpo. Isso eu não quero. Para mim, isso é inaceitável. Não sou contra vacinação de nenhum tipo, porque, quem sou eu para falar de vacinas quando há pessoas que estiveram na área da medicina salvando vidas em todo o mundo? Tenho certeza de que existem vacinas com poucos efeitos colaterais que ajudaram as pessoas e ajudaram a impedir a propagação de algumas infecções ao redor do mundo", relatou ao jornal.
Nole ainda demonstrou preocupação sobre a eficácia de uma vacina: "Como esperamos que isso resolva nosso problema quando este coronavírus está sofrendo mutações regularmente, pelo que entendi?".