A Federação Japonesa de Tênis irá amargar um prejuízo de 1 bilhão em ienes, cerca de R$ 50 milhões, em razão do cancelamento do ATP 500 de Tóquio, oficializado em 19 de junho à revelia da ATP.
A informação do prejuízo foi dada pela agência de notícias japonesa Kyodo News, que em reportagem especial nesta terça-feira traz o receio de atletas do país em retornar ao circuito profissional.
Yoshihito Nishioka, 48º da ATP, acredita que a disputa do US Open, mesmo que a portas fechadas "expõe todos" ao novo coronavírus, SARS-CoV2, que causa a COVID-19. "Como será se as coisas não estiverem totalmente claras e as pessoas estiverem fazendo o que quiserem?", questiona o japonês.
De acordo com a reportagem, o deslocamento global é outra preocupação dos tenistas. Nao Hibino, 72ª da WTA, aponta para a necessidade de se cumprir quarentena de 14 dias obrigatória ao chegar ao país vindos do exterior, o que inviabiliza a competição para quem está baseado na Terra do Sol Nascente. "É o caso de escolher entre o US Open e Roland Garros", destaca a tenista, que ainda destaca que o atual momento não é o ideal para "competir numerosos torneios ao redor do mundo".
Hibino só vê uma solução para o retorno seguro do circuito profissional de tênis: "Quando existir uma vacina, podemos competir com facilidade".
A reportagem da agência ouviu o diretor da federação japonesa de tênis (JTA), Naohiro Kawatei, que comentou a dificuldade dos organizadores pelo mundo é garantir uma "competição segura". Segundo o diretor, é do torneio a "Responsabilidade dos organizadores para facilitar a entrada e saída de jogadores vindos do exterior".
A grande revelação da reportagem é que a JTA irá amargar um prejuízo de 1 bilhão de ienes, cerca de R$ 50 milhões, apenas por não ter realizado o torneio este ano. As perdas correspondem a patrocínios, contratos de emissão televisiva e principalmente ingressos vendidos.