O chileno ex-número 1 do mundo, Marcelo Ríos, compartilhou com seus seguidores no Instagram uma polêmica opinião a respeito de punição a pessoas que desrespeitem a quarentena. Ríos propôs que 'furões' sejam assassinados.
"Não sei que tipo [direita,centro, esquerda e similares] de governo tem este país, mas esse negócio de matar os tipos que não respeitam, estou certo de que nenhum desocupado, mas se faz de fofo", iniciou sua postagem ao compartilhar um imagem com a reportagem da agência de notícias EFE que fala da decisão do presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte de ordenar que as forças de segurança do país "atirem para matar" quem desrespeitar a decretação do lockdown (fechamento de ruas) no país.
A ordem de Duterte é do mês de março e a notícia compartilhada pelo ex-tenista é de 02 de abril.
Ríos, a quem nunca faltou polêmica em sua carreira e posterior a ela tendo sido partícipe ativo na campanha presidencial do Chile em 2018, quando se colocou contra o candidato derrotado no segundo turno, Alejandro Guillier. Na ocasião, Ríos defendeu o "não voto" em Guillier por este ser jornalista e candidato da esquerda.
O ex-tenista colaborou, significativamente de forma indireta, com a eleição de Sebastian Piñera, que levou 54,5% dos votos no país. Piñera é do partido conservador do Chile e alinhado com a centro-direita tradicional do país. Duterte também está mais à direita.
"Prestem atenção, esta é a minha opinião", segue o ex-tenista em sua publicação. "Acho que quando as coisas saem do controle, é preciso pôr mão de ferro", finalizou.
Ríos dividiu os seguidores e um dos comentários que mais gerou polêmica é de um usuário chamado Alfredo Appelt: "Teria que nascer umas 100 vezes o tal Piñera para ter a coragem deste presidente aí".
Cabe ressaltar que os números oficiais de casos da COVID-19 no Chile são de mais de 37.040 casos positivos, com 368 óbitos e 15.655 pessoas recuperadas. O Chile possui 18,7 milhões de habitantes.