Em entrevista ao canal britânico Sky Sports, o sérvio Novak Djokovic revelou que em 2010, após uma derrota em Roland Garros, chegou a pensar em desistir do tênis enquanto esporte. A declaração do sérvio pegou a fãs de surpresa e mostra um ponto vulnerável de sua carreira.
"Em 2010 chorei muito depois de perder para [Jurgen] Melzer nas quartas e final de Roland Garros. Foi um momnto negativo, eu queria deixar o tênis porque não via luz no fim do túnel. Eu tinha ganho o Australian Open em 2008, era número 3 do mundo, mas não estava feliz", confessou.
"Eu sabia que podia fazer mais, mas perdia os jogos importantes contra (Roger) Federer e (Rafael) Nadal. A partir deste momento me libertei, tirei a pressão e comecei a jogar com mais agressividade. Este foi o ponto de mudança", seguiu.
Deste episódio até os dias de hoje, Djokovic conseguiu se impor diante de seus maiores rivais, tanto que está sem perder de Federer em um torneio do Grand Slam desde 2012. Além disso, do episódio há 10 anos diante de Melzer, o sérvio venceu 16 títulos do Grand Slam.
Na sequência da entrevista, Djokovic falou da final de Wimbledon em que salvou dois match-points contra Roger Federer. "A final de Wimbledon do ano passado contra Federer é junto com a final contra Nadal na Austrália, o melhor jogo que joguei. Do ponto de vista técnico, a qualidade do jogo contra Federer foi excelente. Eu joguei bem os pontos decisivos, não errei nos pontos de desempate, talvez foi a primeira vez na minha carreira", relatou.
Questionado sobre o retorno do tênis profissional, Nole comentou: "Oficialmente a data de retorno da competição é 13 de julho, mas já está cancelado um WTA no Canadá. É preciso ver como as coisas seguem nos Estados Unidos, porque deveríamos ir ali em agosto. Se é menos perigoso, poderemos voltar à competição", pontuou.
Para o sérvio há a possibilidade de se cancelar os torneios na América do Norte e a temporada ser retomada apenas no outo, a partir de setembro, numa reorganização da temporada de saibro.