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Navratilova pede mudança de nome da Margaret Court Arena

Terça, 28 de janeiro 2020 às 05:59:47 AMT

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Tênis Profissional

Desafeto declarado da lenda australiana Margaret Court, a tcheca naturalizada americana Martina Navratilova voltou a se levantar contra as declarações homofóbicas da ex-tenista australiana, dessa vez pedindo o fim da homenagem com seu nome à segunda maior quadra do Australian Open.



Navratilova e também a lenda do masculino, John McEnroe, levaram uma bandeira à quadra pedindo a mudança do nome para outro ídolo do tênis australiano, Evonne Golagong. A organização não gostou nada da manifestação e chamou a atenção dos dois que jogam o torneio de lendas do Australian Open.

“Quando aeroportos, prédios, ruas ou estádios recebem nomes de pessoas, isso deveria ser feito para honrar os excepcionais seres humanos que são – os nossos heróis. Penso no Muhammad Ali, Nelson Mandela, Martin Luther King, Billie Jean King, Rod Laver, Rosa Parks. Não seria apropriado se o Staples Center se passasse a chamar Kobe Bryant, como forma de homenagem?”, comentou Navratilova em sua coluna no site ‘Tennis.com’.

“Eles transcenderam, deram uma contribuição positiva à humanidade. Foram todos grandes exemplos em seus esportes e, pelo menos a maioria deles, estiveram sempre no lado correto da história”.

Foi nesse ponto que Navratilova passou a se dirigir diretamente à Court. “Ela não pertence a essa categoria. Ninguém discute os seus feitos numa quadra de tênis e o seu lugar na história do esporte permanece o mais distinto possível. Margaret, Billie Jean e Rod (Laver) foram os meus heróis quando criança, queria ser como eles. Por isso, me magoa muito dizer, mas é a hora de a Margaret Court Arena ter outro nome”, confessou, sugerindo até mesmo o nome de Evonne Goolagong, outra grande lenda do tênis feminino australiano, para nomear a segunda maior quadra do complexo do Australian Open.

“Na nossa família do tênis, celebramos os bons valores do nosso esporte. Quando a Margaret vem e diz que um grupo de pessoas não merece direitos iguais, que não são bons pais, que não são piedosos, isso vai muito além da liberdade de expressão. Isso é um discurso de ódio, de ofensa e prejudicial para diversas pessoas vulneráveis”, pontuou.

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