O suíço Roger Federer conversou com a imprensa após a batalha de 4h contra o australiano John Millman e revelou, que partidas como a de hoje, são parte da razão dele seguir competindo aos 38 anos de vida. Federer rasgou-se em elogios ao rival.
"Não sei muito o que dizer. O tiebreak foi muito duro para nós dois. Eu não senti que estivesse jogando mal ou tomando as piores decisões. Nestes momentos, você precisa jogar com certa segurança, mas ele me pressionou a todo momento, jogando muito bem, pronto para comandar, neste momento estava apto a receber meu saque, vencer meus pontos - o que é muito importante. Obviamente, nos pontos mais importantes, o 8-8 e o 9-8 eu consegui fazer as coisas do meu jeito, mas foi um difícil jogo contra John", analisou.
O suíço elogiou em diversos momentos o adversário, a quem classificou com um lutador, que buscou alongar pontos e o pressionar.
Federer foi questionado se entrou em confusão sobre como terminaria o quinto set do jogo e foi perguntado qual das regras de fim de quinto set ele prefere. "Não saber como todos terminam é ok, importante é terminar com um final feliz", brincou o suíço e seguiu: "Eu perguntei ao árbitro o que ia acontecer em caso de 6-6 e ele disse: 'Tiebreak a 10', então vamos de tiebreak a 10. Eu não me importo de serem quatro formas de terminar uma disputa, cada um tem sua razão de ser. Eu gosto da possibilidade do jogo seguir, porém a gente lembra de [John] Isner x [Nicolas] Mahut [em referência ao jogo mais longo da história, com mais de 11h de duração e três dias para ser realizado], mas quando aquilo acontece, você tem ciência que as suas chances de terminar o torneio com o título são menores. Então, em certas situações é melhor que se acabe logo, que seja num super tiebreak de 9, 10... tanto faz. Sinceramente, não sei. Eu me lembro do tempo que havia fim de set sem limites, então os dias de hoje são melhores", disse rindo.
Questionado se teria sido "melhor" vencer em sets diretos, Federer pontuou que sim, mas ressaltou que teve chances para fechar o primeiro set e não conseguiu. "Se eu sigo jogando tênis, é porque eu sigo para vencendo títulos, vencendo o maior número de jogos que posso, fazer algo que eu curto fazer, mas é para viver e protagonizar jogos épicos como esse. É bom para a torcida, você ali, diante de uma adversário que admira e respeita. É uma boa sensação", confessou.