Após se retirar da partida contra o suíço Stan Wawrinak pelas 8ªs do US Open, o sérvio Novak Djokovic falou com os jornalistas, sem detalhar a lesão que sofre, disse estar esperançoso de voltar em breve e jogar e a lutar pelo Nº1.
"Eu gostaria de parabenizar Stan, que é um grande jogador, desejo a ele um grande torneio. Mas eu não gostaria de ficar falando de lesão. Eu já disse isso no passado e sigo nisso", disse e ao ser interpelado pelo jornalista que o queria saber sobre a lesão, o sérvio pontuou: "Pois bem, eu me retirei, disse que é meu ombro esquerdo, e não há mais nada a dizer sobre isso".
Nole acabou se envolvendo numa polêmica dois dias atrás ao discutir com um fã durante o aquecimento. Sobre o episódio o sérvio disse que não falaria, novamente, que não questionaria "equívoco" de outras pessoas: "Eu busco respeitar as pessoas e espero que me respeitem. Eu lamento ter que me retirar, peço desculpas aos torcedores que aqui vieram e queriam ver um jogo inteiro. Muita gente viu que eu não podia jogar. Não é fácil", lamentou pontuando ser frustrante desistir de um dos maiores eventos do ano.
Djokovic ressaltou ainda em conversas com os jornalistas que Wawrinka, dono de três títulos do Grand Slam, além de ser um grande jogador entende o que aconteceu com o sérvio "pois ele teve uma árdua luta contra lesões" e seguiu: "Estou verdadeiramente feliz de vê-lo de volta às grandes quadras após tudo isso".
Questionado sobre o próximo passo a respeito do tratamento do ombro, Djokovic contou que nas últimas semanas tentou "diferentes tratamentos e fisioterapias" e que a partir de agora precisa "seguir o mesmo processo e ver como o ombro reage. A gente ainda não sabe o quanto o 'não jogar' vai ajudar na recuperação. Planejei jogar em Tóquio [ATP 500] e vamos ver se consigo".
"Eu não sei bem definir. A dor era uma constante há semanas", seguiu o sérvio ao ser questionado como entendia a lesão. "Alguns dias mais fortes, outros com menos intensidade e obviamente tomando coisas diferentes para matar a dor instantaneamente. Às vezes funciona, às vezes não", disse.
Perguntado sobre o resto da temporada, o fato de não fechar o Grand Slam novamente e ter o número 1 ameaçado, o sérvio foi bastante sereno: "A temporada não acabou. A temporada dos Grand Slam, sim, acabou pra mim, mas eu conquistei dois título [Australian Open e Wimbledon], fiz semifinais em Roland Garros. Há muitos grandes torneios pela frente. Em termos de classificação, muitos pontos para defender por mim e tentar manter esse ranking, número 1. Obviamente, Rafa [Nadal] tem jogado bem e Roger [Federer] e os outros caras. Só espero ter a chance de competir, porque, uma vez saudável, gosto de minhas chances de jogar na Ásia. E também na temporada indoor, eu jogo historicamente muito bem nos últimos dois meses do ano ".
Por fim, falou sobre o objetivo de bater os recordes de Federer [atualmente com 20 títulos do Grand Slam]: "Não é segredo que tenho o desejo e a meta de alcançar o maior número de vitórias e alcançar o recorde de Roger. Mas, ao mesmo tempo, é um longo caminho pela frente, ainda esperançoso para mim. Espero poder jogar por muitos mais anos. Estou planejando, quero dizer, não vejo um fim logo ali", ponderou.
"Agora é uma questão de manter meu corpo e mente em forma e tentar atingir o topo nesses tipos de torneios que são importantes e que são os mais significativos em nosso esporte", finalizou.