Após o sorteio da chave do US Open 2019, hoje foi o dia dos principais atletas conversarem com os jornalistas. Diante de um possível confronto contra Novak Djokovic na semifinal, o suíço Roger Federer, que perdeu a final em Wimbledon, foi questionado sobre.
"Quando Djokovic está atrás no placar, ele tem uma tendência a jogar mais solto, mais livre. Nós vimos isso na partida em Wimbledon… Quando alguém aumenta o ritmo, você tenta resistir à tempestade, tenta se tornar agressivo. É onde um bom saque pode ajudar, porque você não permite que o outro cara jogue dessa maneira. Eu não me importo quando ele joga do lado mais agressivo ou mais defensivo. Como jogador, acho importante que você tenha os dois. Ele tem isso. Os melhores jogadores têm isso", pontuou Federer.
"Eu lutei um pouco nos primeiros dois dias", disse ele. “Ao mesmo tempo, eu estava com meus filhos. Eu não tive muito tempo pensando sobre todas as oportunidades perdidas. Eu estava arrumando mesas e organizando minha vida para meus quatro filhos, dirigindo pelas belas paisagens da Suíça. Às vezes você tem flashbacks [lembranças], coisas como: 'Oh, eu poderia ter feito isso, deveria ter feito aquilo.' No dia seguinte você está tomando uma taça de vinho com sua esposa pensando: 'As semis foram muito boas, a final foi bonita bom'. Levei talvez uns dois dias só para tirar essas coisas da cabeça, como acontece com tudo. Depois de alguns dias jogando tênis também, você tem alguns flashbacks”, confessou ele ao ser perguntado se ainda se lamentava o match-point perdido em Wimbledon.
"Se eu olhar para trás, estou muito feliz por fazer parte de uma partida tão divertida", acrescentou. “Estamos no entretenimento também. A torcida pagou muito para fazer parte deste jogo. Eu fiz parte do show principal com o Novak. Nós apresentamos uma grande batalha. Alguém tinha que ganhar. Novak foi o melhor do dia", definiu.
Após a grande campanha em Wimbledon, o número três do mundo não se coloca pressão: "Eu não estou colocando pressão extra em mim. Sei que vai ser difícil. Eu não estou chegando como o favorito esmagador como talvez eu fui em 2006 ou 2007. Estou muito consciente de como eu preciso abordar este torneio mentalmente".
"Eu tenho jogado bem. Jogando bem em Grand Slams recentemente, o que tem sido ótimo. Eu também acho que a vitória sobre Rafa nas semifinais foi algo grande para mim. Também a final, do jeito que joguei em Wimbledon, me dá uma confiança extra. Vai ser um torneio difícil de vencer, sem dúvida. Mas sinto que faço parte do grupo que pode fazer isso".