O grego Stefanos Tsitsipas conversou com a imprensa após vitória em quatro sets contra o georgiano Nikoloz Basilashvili, que o garantiu nas oitavas de final do Australian Open, onde enfrenta Roger Federer e além da partida, falou de amizades no circuito.
Em quadra, após a partida, Tsitsipas disse ao entrevistador que preferia que Taylor Fritz ganhasse de Roger Federer e com a definição de rival, esta foi a primeira pergunta que ouviu. "Se eu soubesse que Roger estava 2/0 em sets quando disse, eu provavelmente não diria aquilo", comentou.
"Aprendi muito desde meu último jogo com ele [pela Copa Hopman]. Conheço os padrões que ele usa um pouco melhora agora. Ele saca realmente muito bem, então tenho que utilizar isso dele e ter vantagens na minha devolução o máximo possível. Eu tenho certeza que ele sacará muito bem e as devoluções terão de ser agressivas e pressionando-o muito", seguiu e finalizou: "Ele é uma lenda do nosso esporte. Será um ótimo dia enfrentá-lo em uma das melhores quadras, a Rod Laver. Estou realmente empolgado pelo jogo".
Tsitsipas foi questionado sobre a fala de Federer a seu respeito, pontuando que ele é um garoto que conversa pouco. O grego disse que já foi tímido, mas que agora não é mais e pontuou: "Nem todo os jogadores no circuito querem fazer amigos. Esse é um problema. Isso é um problema ao menos que você fale a mesma língua. É por isso que você vê todos os espanhóis e latino americanos saindo um com o outro. E você tem os asiáticos uns com os outros. Faz sentido".
O jovem pontuou que esta é uma das razões pela qual é muito amigo e próximo ao cipriota Marcos Bagdhatis, ex-top 8 e veterano do circuito, que tem o grego como língua materna. "Ele me entende e eu o entendo. É tudo ótimo assim".
"Mas eu amaria ter mais amigos no circuito. Não é fácil com todas as viagens e tudo mais. Então, não terei amigos fora do circuito porque eles não podem se dar ao luxo de viajar comigo. Estou trabalhando nisso", completou rindo.
Um dos jornalistas presentes pontuou brigas entre os principais atletas de tênis de um país, sem citar a polêmica que envolve diversos australianos, e o perguntou sobre como é representar sozinho um país.
Tsitsipas recordou que pela Grécia são ele e Maria Sakkari, que foi derrotada pela local Ashleigh Barty enquanto o grego lutava. "É triste que ela perdeu hoje. Eu ficaria muito feliz que ela avançasse no torneio e completou: "Espero inspirar algumas crianças na Grécia a jogarem tênis. Eu vi uma entrevista que [Prajnesh] Gunneswaran deu dias atrás, dizendo que mesmo que ele fosse muito bem isso não afetaria seu país. Acho que é uma situação parecida. A Grécia não tem estrutura e infelizmente é o que se precisa para se formar um jogador em um país pequeno. Há academias fora do país. Há bons lugares onde você pode treinar", completou.