Melhor jogador de duplas do mundo em 2003 e com 53 títulos conquistados em mais de duas décadas no circuito. A quinta-feira (29) marcou o fim da carreira de sucesso do bielorrusso Max Mirnyi, que se retira do tênis aos 41 anos de idade.
"Cheguei a uma decisão de que a temporada de 2018 foi a minha última como competidor profissional", iniciou Mirnyi, em entrevista à ATP. “Foi uma escolha muito difícil para mim, porque o tênis tem sido a minha vida desde que me lembro de mim mesmo. Tive a sorte de conseguir muito mais do que um menino de Minsk, na Bielorrússia, poderia sonhar", refletiu.
"A Besta", como era conhecido por causa de seus voleios potentes, passou 57 semanas na liderança do ranking mundial de duplas, período esse que se iniciou em 9 de junho de 2003. Ele é o 15° jogador que mais tempo ficou no topo da lista na categoria.
Com incríveis 52 troféus em 98 decisões de ATP nas parcerias, Mirnyi terminou seu 20° ano consecutivo no top 100. Ele fechou 2018 no 55° lugar. Com um currículo mais modesto, ele também foi um bom jogador de simples, onde foi 18° do mundo, venceu 244 partidas na elite, sendo 16 dessas vitórias contra top 10, e ganhou também o ATP 500 de Roterdã, na Holanda. Ele tem um vice-campeonato de Masters 1000, em 2001, em Stuttgart, na Alemanha
Inegavelmente, o circuito de duplas foi onde Max teve mais alegrias. Provas disso são os seis Grand Slams conquistados, os dois ATP World Finals e a medalha de ouro nas duplas mistas dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, ao lado da compatriota Victoria Azarenka.
Outro título de destaque ocorreu durante o Masters 1000 de Miami, em 2003, quando atuou e foi campeão ao lado do suíço Roger Federer. Além deste, mais 15 troféus de Masters estão na galeria do multicampeão.
Mesmo em seu último ano como jogador, ele ainda conquistou mais dois eventos. Ao lado do austríaco Philipp Oswald, levou os ATP's 250 norte-americanos de Nova York e de Houston.
"Durante toda a minha carreira, sempre fiz o melhor que pude e tratei minha profissão com honra e respeito. Agora é hora de seguir em frente com minha vida e aceitar novos desafios. Vou sentir muita falta do jogo mas, com certeza, continuarei a acompanhá-lo de perto e também adoro assistir aos jogos. Agradeço a todos que participaram do meu desenvolvimento, tanto como tenista quanto como pessoa", finalizou ele.