Na segunda-feira, a ex-top 10 e atual 37ª do ranking da WTA, a britânica Johanna Konta concedeu uma palestra e participou de um painel que discutiu as mulheres na sociedade atual britânica, feminismo e sexismo na mesma.
Durante o painel, uma das mulheres presentes questionou Konta a respeito da postura de Serena Williams na final do US Open e da posição da norte-americana em classificar a situação como "sexismo" sofrido por parte do árbitro de cadeira português Carlos Ramos.
“Acho que aqui há um número de diferentes elementos que precisam ser levados em conta. Um deles é que o árbitro estava correto: Patrick Mouratoglou estava praticando coaching - tanto que ele disse. Ele [o árbitro] deu a punição. Eu acho que isso tem que ser considerado do que aconteceu depois", iniciou sua fala.
“Uma coisa 100% certa é de que as emoções estão sempre incrivelmente altas durante um jogo, e eu imaginaria que ainda mais na final de um Grand Slam. Todos somos humanos, inclusive Serena Williams, e acho que o US Open trouxe isso à tona. Acho que ela se sentiu pressionada ali, isso é claro. De qualquer forma, você tem que olhar o árbitro, especificamente aquele árbitro que já deu advertência por coaching a [Novak] Djokovic e [Rafael] Nadal em diferentes Slams", seguiu.
“Estou a favor da equidade de direitos, mas não preciso necessariamente sempre concordar que sempre que há algo que você não goste e jogue no lado da inequidade: "Porque eu sou mulher eu não consegui isso". Eu não preciso necessariamente concordar com essa abordagem. De qualquer modo, uma das coisas que você não pode tirar de Serena é como ela é apaixonada para com os direitos das mulheres. É por causa de gente como ela e Billie Jean King que essas conversas começaram, tópicos foram colocados em primeiro plano e coisas foram mudadas", exemplificou.
"Agora, eu não acredito que foi uma situação de sexismo, acredito que as emoções explodiram e as coisas fogem do controle. É nisso que eu acredito... não me odeie, Serena", finalizou.