Em entrevista ao jornal L'Equipe, Jean-Fraçois Caujolle que foi diretor do Masters de Paris-Bercy e atualmente atua como diretor do ATP 250 de Marselha, confessou que a organização do tradicional torneio adaptou suas quadras para facilitar a conquista de Federer.
A entrevista, feita Franck Ramella, começa com uma pergunta direta: "Federer foi campeão em 2011 em Paris graças a você, não?" e Caujolle não fugiu à ele é meu jogador favorito, apesar de que nós os diretores de torneio devemos ter certa moderação, eu já tinha minhas preferências (risos). Conclui que seria bom para o torneio que Roger fosse campeão aqui antes que eu deixasse o torneio".
"Entre 2003 e 2007 e ele não veio jogar. Foi então que entramos em contato com sua equipe para perguntar a razão disso. E o que era é que ele não gostava nada do piso que usávamos naquela época [piso rápido chamado alfombra] e aí nos sugeriram entrar em contato com uma empresa austríaca que fabricava um tipo de resina semelhante a que usava o torneio de Viena. Assim fizemos. Entramos em contato com a empresa e mudamos o piso. Quando ele chegou no torneio percebeu que a quadra não era tão diferente do resto do circuito e me disse que as quadras pareciam as de Indian Wells e Miami, onde tinha perdido duas vezes para [o argentino Guillermo] Cañas", continuou explicando.
"Daí comecei a buscar por materiais que fizessem um monte de bolas baixas e que tornassem a bola mais rápida. Em 2010 conseguimos construir a quadra mais rápida do mundo. esta quadra se adapta muito melhor ao jogo de Federer do que de [Rafael] Nadal, isso é certo (sorri). O curioso é que naquele ano jogadores como [Ivan] Ljubicic e [John] Isner perderam na primeira rodada. A quadra não favorecia os grandes sacadores, mas sim os grandes voleadores. Finalmente em 2011 conseguiu ganhar o torneio. Desde então, fomos tornando a quadra mais lenta, mas digo que ainda é das mais rápidas", concluiu, que ainda analisou a performance do suíço de 37 anos a quem viu "jogando muito bem", no inicio da semana.