Após prender pessoas ligadas à apostas no espanhol (saiba mais), a Guarda Civil do país descobriu o líder da organização criminosa que atuava na Espanha. Trata-se de Marc Fornell, ex-236 do mundo do ranking de simples.
O espanhol de 36 anos, que ainda atua no circuito e é o atual 438° colocado do ranking, atingiu sua melhor marca na carreira em 2007 e acumulou um montante de 230 mil dólares até então. Atuando no esquema de corrupção, ele teria ganho 10 vezes mais.
Idealizado por um armênio, a organização teria atraído vários tenistas veteranos, onde a maioria eram espanhóis. Os envolvidos entregavam jogos, sets e influenciavam outros a fazerem o mesmo, criando perfis falsos na rede para poder cobrarem o pagamento do tamanho das apostas. Segundo a EFE, agência de notícias espanhola, há 14 detentos e mais de 40 envolvidos.
Marc seria o comandante e tentava convencer jogadores com perfis iguais ao seu, acima dos 30 anos de idade e participantes de Futures e Challengers, a entrarem no esquema.
Outros três atletas da Espanha, que participavam da trama, tiveram seus nomes revelados. Jordi Marse (38 anos e já 216º nas duplas), Marcos Giraldi (24 anos e que atingiu o 463 lugar nas simples) e Marcos Torralbo (33 anos, sem informação oficial em seu perfil na ATP) estariam entre os corruptos.
A rede chegou a pagar mil euros por uma única quebra de saque, além de oferecer vantagens financeiras em outros aspectos de um jogo, como duplas-faltas ou, até mesmo, jogos completos. Eles chegaram a pagar até 5.000 euros para os tenistas que se deixavam vencer todo o jogo, uma quantia muito maior do que um tenista pode ganhar ao vencer o torneio, que mal chega a mil dólares.
Estima-se que, durante todo esse tempo, a organização criminosa teria gerado mais de 2 milhões de euros em lucros em diferentes casas de apostas registradas na Espanha.