Por Fabrizio Gallas - Na noite desta terça-feira, dia 10, foi realizada Assembleia Extraordinária no Centro do Rio de Janeiro para a confirmação da renúncia da então diretoria da Federação do Estado do Rio de Janeiro comandada pelo agora ex-presidente Renato Cito.
A reunião teve a presença apenas do Fluminense Football Club como clube filiado e mais quatro tenistas filiados e ninguém se colocou à disposição para assumir interinamente a presidência.
Durante a Assembléia ficou decidido que por conta do alto montante de dívidas seria inviável a continuidade da mesma e foi pedido a desfiliação da Confederação Brasileira de Tênis.
O Tênis News soube por fontes que as dívidas da FTERJ ainda estão sendo somadas, mas giram em torno de R$ 2,5 milhões, sendo cerca de R$ 2 milhões apenas de impostos federais de décadas relativas aos antigos bingos e mais R$ 500 mil de ações trabalhistas contraídos da gestão que ficou por um mandato e meio no cargo liderada por Renato Cito (a gestão que acaba de deixar o cargo nega que essa dívida tenha sido contraída durante a mesma e que ela veio de gestões anteriores). Uma nova reunião foi convocada para daqui a 30 dias para mais detalhes e é possível até a criação de uma Liga para que o estado não fique sem a realização de torneios.
O Tênis News entrou em contato com a Confederação Brasileira de Tênis para saber a posição da mesma diante dos problemas com vacância de cargo da FTERJ, desfiliação e torneios no Rio de Janeiro, mas o presidente Rafael Westrupp, em viagem acompnhando o pré-quali de Roland Garros em Belo Horizonte, não quis emitir uma posição da CBT no momento sobre o caso.
Atila Santos, membro da antiga diretoria, acredita que a mesma sofreu um golpe de opositores do Poder Judiciário, Imprensa, Poder Público, empresariado e comunidade tenística: "Do outro lado da "quadra" estavam um PODER JUDICIÁRIO (dando ganhos de causa e estabelecendo indenizações milionárias, injustas e exageradas a ex-funcionários de deploráveis administrações anteriores da tal federação e bloqueando sistematicamente sua conta bancária) DEPLORÁVEL, uma IMPRENSA (que pouco apoio/divulgação deu à solitária federação) RIDÍCULA e DEPRIMENTE, um PODER PÚBLICO (que também não deu o suporte necessário à referida federação) PATÉTICO, um EMPRESARIADO (que preferiu patrocinar quem menos precisava de dinheiro, em vez de investir na tal federação, que tinha projetos sérios e de responsabilidade em prol do tênis do estado) VERGONHOSO e uma COMUNIDADE TENÍSTICA - atletas, clubes e pais de tenistas - POUCO PARTICIPATIVA (praticamente, OMISSA; tanto que, à Assembleia Geral da tal federação, nesta terça, 10/4, compareceram apenas quatro votantes) e que preferiu/optou por não se filiar em massa, não pagar anuidade e não ajudar a manter a entidade (a rigor, uma cooperativa, uma associação) em funcionamento...
De tanto apanhar, essa federação de tênis acabou percebendo que o "jogo" - de cartas marcadas, lógico - estava pra lá de desequilibrado, injusto, que não daria pra ganhá-lo de jeito nenhum e que o melhor mesmo a fazer seria deixar a "quadra", abandonar a "partida"...
Parecia - e, na verdade, era mesmo - coisa orquestrada, meticulosamente manipulada, uma conspiração, um jogo sujo, um golpe, articulado por aqueles CINCO adversários (ou melhor seria "inimigos"?) pra derrotar a tal federação...
Também ficou parecendo que, "do outro lado da rede", não estava um time, uma equipe - lembro que eram CINCO oponentes! -, mas um ban... uma quad... ah, deixa pra lá", disse Atila em seu comunicado nas redes sociais.
O Tênis News tentou contato com Renato Cito, ex-presidente, mas não obteve resposta.
A antiga diretoria assumiu pela primeira vez em agosto de 2013 e se reelegeu em dezembro de 2016 com total apoio de Jorge Lacerda, antigo presidente da CBT, em disputa com Ricardo Acioly, líder da chapa opositora. A oposição na época questionou a transparência do processo eleitoral declarando ter sido feito todo ele de forma direta pelo então presidente que concorria à reeleição.
Confira a ATA da Assembleia: