Por Marden Diller – Último brasileiro vivo na chave de simples do Rio Open, o cearense Thiago Monteiro foi eliminado na noite desta terça-feira pelo uruguaio Pablo Cuevas. Apesar da derrota, o brasileiro disse estar se sentindo melhor em quadra do que na última temporada.
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“Acho que foi realmente um jogo muito duro definido nos detalhes. Tive um match point que a bola dele não saiu por poucos centímetros. Fiquei feliz com meu jogo, acho que nunca estive tão perto de ganhar do Cuevas. Ele jogou muito bem nos momentos importantes. Eu saí com uma quebra no terceiro, ele devolveu em seguida e as condições já estavam um pouco mais lentas, já estava mais escuro, mas ele jogou muito melhor nesses momentos”.
Indagado sobre o sentimento ao ter um match point contra um jogador como Cuevas, Monteiro disse não sentir nada diferente e que enxerga todos os adversários como iguais. “Hoje em dia acho que com um pouco da experiência de estar no circuito eu só vejo como mais um adversário. Ele é, de fato, um grande jogador, mas nos match points eu estava focado em fazer meu melhor jogo. Eu evito sempre pensar dessa forma nos match points, pois se pensar demais o jogo não flui”.
Na partida desta terça-feira, um dos aspectos que mais chamou a atenção foi a mudança no movimento de saque do brasileiro, que agora separou um pouco mais as pernas ao executar o movimento. Tal mudança, Monteiro credita à seu treinador. “Meu treinador mudou meu saque na pré-temporada e eu senti muita melhora na questão de estabilidade. Estou mais consistente, mais equilibrado no momento de sacar. Dessa forma eu consigo estar mais bem apoiado e consigo fazer saques mais consistentes por mais tempo. A velocidade não medimos ainda, mas acho que nessa questão se não estiver igual, está um pouco mais”.
A derrota precoce no Rio Open não ofuscou, na opinião de Monteiro, a temporada que vem fazendo, a qual ele avaliou como positiva até o momento. “A temporada até então tem sido boa. Fiz minha primeira semi de ATP, passei meu primeiro quali na quadra dura, venci uma partida, tive um jogo duro com o Querrey na Índia, que não pude concluir por causa de uma lesão no pé no dia anterior. Mas acho que estou jogando melhor, me sinto bem, estou jogando esse ano com muito menos pressão que no último. Estou me sentindo confiante e é uma questão de semanas, uma semana boa pode mudar o ano, e é para isso que sigo trabalhando”.
Por fim, o brasileiro falou sobre as eliminações na estreia – no quali e na chave principal – de todos os brasileiros presentes no torneio em simples. “Acho que foi uma triste coincidência, o Rogerinho teve um jogo bom. Nós três da chave principal tivemos estreias bem duras. Acho que o nível do torneio é muito alto, não dá pra escolher o adversário, não dá pra saber se vamos ganhar ou não. Sei que demos nosso melhor em quadra, Rogerinho e Bellucci jogaram um excelente nível de tênis, voltando bem na temporada e espero que possamos ter bons resultados ao longo do ano”.