Por Fabrizio Gallas - Jamais um brasileiro conseguiu triunfar no Rio Open, maior torneio da América do Sul e único ATP 500 que chega à quinta edição. Nem mesmo nossos duplistas, entre os melhores do mundo, conseguiram tal feito.
Em bate-papo com a imprensa, Bruno Soares comentou que espera mudar o quadro este ano após quatro semifinais na competição no Jockey Club.
"Quatro anos, quatro semis aqui pra mim, ano passado foi o melhor ano meu em nível de tênis, espero que possa lembrar um pouco e repetir aqui, saibro é o nosso pior piso, não são condições rápidas, mas viemos para ganhar o torneio", disse Bruno que atua com Jamie Murray o qual foi campeão do Australian Open e US Open em 2016. Ano passado, apesar de ficar sem bons resultados nos Slams, ele acredita que foi melhor que o anterior.
"Eu e Jamie tivemos um 2017 tenísticamente melhor que 2016 em consistência e nível de jogo, só não jogamos bem em Slams, perdemos jogos que não deveríamos. Começamos bem em 2018, perdemos um jogo estranho na Austrália, fizemos final em Doha. É conseguir encaixar um bom resultado para dar uma deslanchada."
"2016 é difícil fazer análise, mais da metade dos pontos foram em Slams e ano passado foram nos Masters 1000 e ATPs, estamos nos sentindo bem, tivemos Acapulco, Indian Wells e Miami e perdemos dois jogos pro Marcelo Melo na mão, ele subiu e nós hesitamos um pouco em alguns momentos, esses jogos fazem um pouco a diferença, a confiança deles foi lá pro alto e nós oscilamos. Eles começaram bem mal ano passado e deslancharam", seguiu Bruno descartando qualquer tipo de possibilidade de crise com o parceiro britânico.
O 2018 está sendo diferente para Bruno que será pai pela segunda vez no meio do ano. Ele não jogou o primeiro duelo e não disputará a Copa Davis na temporada, mas é só um até breve: "Aposentadoria para mim está distante, só pedi para ficar de fora da Copa Davis, ritmo muito forte de muitas semanas, seriam mais 30 dias em casa meu filho em duas Davis foram 21 dias só por ela, esse ano começou mais cedo para o Brasil".
Bruno também destacou a importância de André Sá para ele e os duplistas nacionais. Aos 40 anos o mineiro anunciou a aposentadoria e seguirá somente treinando Thomaz Bellucci após o Brasil Open.
"André é uma referência para o tênis brasileiro, é um dos meus grandes amigos, irmão que tenho, quando eu chegava no circuito ele já era macaco velho, ele abraçou a causa, ele tava na transição de ranking simples pra duplas, Guga, André e Jaime Oncins foram duas grandes referências, André desde o início foi muito presente com a gente, inteligente tenísticamente falando, foi muito importante pra minha carreira, fico muito feliz com a carreira dele e por ele continuar no tênis."
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