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Djokovic destaca condições brutais e clama por limites para saúde

Quinta, 18 de janeiro 2018 às 12:07:04 AMT

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Tênis Profissional

Ex-número 1 do mundo e dono de 12 Grand Slams, Novak Djokovic já havia entrado em polêmica ao ser divulgado que pediu a palavra para clamar por maiores premiações aos atletas em reunião prévia ao Australian Open.



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Nesta quinta-feira, após vencer Gael Monfils por 4/6 6/3 6/1 6/3 em duelo que beirou os 40º C e a quadra teve temperatura de 69º C, o sérvio pediu limites para que jogue nessas condições. Ele citou até dar horas para os atletas jogarem diante do forte calor.

"Uma das mais duras, as condições estavam brutais. Nós dois tivemos dificuldades, talvez ele tenha ficado pior um pouco mais em um período no fim do segundo set e o terceiro inteiro. Daí que eu dominei. Obviamente ele não estava em seu melhor, nós dois estavamos buscando um respiro extra para recuperar. Ficamos em alguns rallies longos e trocas, isso sempre acontece em nossos jogos. Comentei em quadra que ele é um dos melhores atletas que temos no tênis. Ele vinha confiante, de um título, sem perder, começou bem, não comecei bem, fiquei set abaixo e só me mantive para esperar minhas chances. Quando se encontra essas condições te afeta mentalmente, é um grande desafio para os dois em quadra", disse o sérvio atual 14º do mundo e hexacampeão em Melbourne.


"Existe uma regra de temperatura e umidade, não tenho certeza sobre. Há certos dias que você como supervisor do torneio precisa reconhecer que é preciso dar algumas horas aos jogadores, sei que há o fator dos ingressos. Se você não jogar as pessoas ficarão insatisfeitas, mas é preciso ver sob ângulos diferentes. Mesmo que sejamos atletas, seja início de ano e estejamos bem, é preciso ter um limite, uma tolerância, ,eu acho, para não ser perigoso para a saúde"..


Djokovic comparou o tênis a uma indústria e inclusive comentou sobre encurtamento de calendário: "Estavamos no limite. Nosso esporte virou uma indústria, como a maioria dos esportes globais. É mais negócios que o esporte. Para alguém que começou e jogar com pura paixão, claro que somos bem recompensados, temos ótimas vidas. Ao mesmo tempo é importante olhar pela saúde e o que acontece na carreira após os 30, 35 anos. Muitos jogadores estão com problemas, eles não podem fisicamente andar, correr, trotar. De alguma forma física ou mental estão com problemas. É um assunto bem complexo, é preciso entender o que o jogador passa. Não há uma indicação de que teremos um calendário menor, só se adicionam eventos sejam oficiais ou não, da perspectiva do jogador é sempre uma correria. Você sempre é obrigado a jogar os eventos mandatórios, daí tem o desafio de defender pontos porque isso afeta tudo semana pós semana você faz parte da dinâmica  que às vezes é demais. Mas também é nossa escolha jogar ou não, não quero ser ingrato, pelo contrário, sou grato, mas deveríamos ter conversas mais racionais, regras impostas que se preocupassem mais com o bem-estar dos jogadores".

Nole aproveitou a elogiou o árbitro de cadeira apesar de ter tomado advertência por demorar a sacar: "O árbitro estava certo hoje, me deu uma pré-advertência e depois me advertiu, tanto é que não reclamei. Ele fez um bom trabalho hoje, tentou participar do jogo e entender o que estava acontecendo, obviamente tolerando em alguns momentos diante de alguns pontos mais longos, as condições estavam muito desafiadoras, para o público também, ninguém gosta de dias assim. Existem regras, mas o fator humano e o juiz colocando o esforço para entender o que acontecia, entendo o jogo, a dinâmica dos pontos, as condições e o que afetava. Só tenho a dizer parabéns a ele, não é fácil para ele sentar lá e controlar os dois, ter esse tipo de tolerância".

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