Monfils aponta risco no forte calor: 'Estava morrendo por 40 minutos'

Depois de encarar e perder em quatro sets para Novak Djokovic na segunda rodada do Australian Open nesta quinta-feira, o tenista francês Gael Monfils comentou os problemas enfrentados com o forte calor que chegou aos 40ºC.

O francês caiu por 4/6 6/3 6/1 6/3 e chegou a passar mal em quadra, vomitando. Para ele foi a pior condição que já encarou mesmo que goste de jogar com sol: "Condições duras, muito quente, difícil respirar, foi o mais duro que já tive", disse.

"Nós tomamos um risco, em um momento eu disse pro juiz de cadeira que não precisava da regra dos 25 segundos para sacar. No fim, honestamente, okay eu não quero dar muitos rallies,depois de um ou dois daria por mim. Não importa o quanto se treine no calor, se você gosta, mas é muito duro. Foi uma dura decisão para os juízes, duras condições pros dois. Estava um pouco quente, um pouco muito quente (risos)", apontou o tenista que comentou do pior momento.

"Fiquei bem tonto, tive uma queda forte pelo calor por uns 40 minutos, estava morrendo por uns 40 minutos, não me sentia bem, mesmo com a toalha de gelo meu corpo estava muito quente, não me recuperava entre os pontos. Até o Djokovic pegou violação de tempo, com esse calor deveriam dar mais tempo...", seguiu: "Não pensei em desistir quando chamei o médico, sabia que tinha o segundo suspiro, ele falou para eu beber, eu sabia e perguntei o que".

Ao ser perguntado se o teto retrátil acionado seria uma boa opção ele não concordou: "É uma boa pergunta pois eu não sou muito contra o calor, eu gosto muito. Não sei qual era a temperatura, mas estava muito quente. Daí o melhor fisicamente vence. Talvez o árbitro precisasse esperar uns5 minutos entre os sets, talvez não o teto porque o mais justo é o melhor fisicamente vencer".

A previsão para esta sexta-feira é de ultrapassar os 40º C e chegar até 42ºC. Monfils até defende as desistências: "Boa sorte para os meninos hoje, em algum momento você coloca seu corpo em risco. Se tiver que desistir é preciso não ter vergonha".