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Presidente da CBT diz não ter dinheiro para assumir Centro Olímpico de Tênis

Sábado, 14 de outubro 2017 às 13:56:23 AMT

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Tênis Profissional

Em entrevista ao GloboEsporte o presidente da Confederação Brasileira de Tênis (CBT), Rafael Westrupp, declarou que assumir a administração do Centro Olímpico de Tênis seria "um tiro no pé" e que os custos são altos.



Construído para ser um dos grandes legados dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o Centro Olímpico de Tênis, não foi assumido pela gestão anterior da CBT comandada por Jorge Lacerda, a passou para as mãos da AGLO (Autoridade de Governança do Legado Olímpico), sob financiamento do Ministério dos Esportes, mas até o fim de 2018 e depois precisam obrigatoriamente serem repassados à outros administradores.

"Não é que a gente não quer assumir o Centro Olímpico de Tênis, é que não temos capacidade financeira. É um tiro no pé, funciona um mês e no outro mês porque não tem dinheiro para pagar a luz. Aí foi feita a AGLO, mas ela só tem garantia de funcionamento até o ano quem vem. Quem assumir o Centro Olímpico hoje, lá em 2019, tem que assumir tudo. Tem que ter lucidez nesta hora. Se a gente muda tudo para o Rio, vamos pagar como? Vamos passar o chapéu? Não dá. Fizemos um modelo (aqui em Floripa) que cabe dentro da CBT. Na reunião, passaram para gente que o custo geral e, em calculando rateio, do Centro de Tênis seria R$10 milhões no ano. Não temos isso. É muito mais que o orçamento total da Confederação. Isso para fazer a manutenção. É inviável financeiramente para a CBT assumir o Centro de Tênis, infelizmente. A realidade hoje não permite isso", disse Westrupp.

O presidente da CBT disse que o projeto inicial para o Centro, que era de transformá-lo em um grande centro de treinamento, segue existindo, entretanto destacou que não há data ou orçamento viável.

Westrupp destacou a perda de 70% do orçamento anual da CBT com a redução drástica feita pelo principal patrocinador da confederação, os Correios.

"Tivemos de redimensionar e demos uma dignidade e condição de manter as contas equilibradas de forma que não gere dívidas, mas as atividades da CBT não pararam", pontuou o presidente que já vê uma economia mensal próxima de R$ 90 mil com a alteração da sede da CBT de São paulo para Florianópolis.

Na entrevista, Westrupp ainda comenta os danos à imagem da CBT e do tênis brasileiro causados pelos nove inquéritos da polícia federal contra a entidade e sua antiga cúpula de comando, além das investigações do ministério público.

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