Clijsters: ‘A vida, assim como tênis, se baseia na paixão’

Um dos maiores nomes do tênis feminino no início do século XXI, a belga Kim Clijsters, ex-número 1 do mundo, teve sua entrada no hall da fama do tênis neste final de semana. Após a premiação, a belga comentou sobre momentos de sua carreira.

Primeiro assunto tocado pela belga foi, claramente, a questão de sua primeira gravidez e sua primeira aposentadoria. “Meu caso foi um pouco diferente de Vika e Serena porque, quando me aposentei da primeira vez achei que fosse ser definitivo. Não pretendia jogar tênis novamente, mas acabou acontecendo. Fico muito feliz por essas jogadoras, principalmente pela paixão que sentem de continuar, mas espero também que elas possam aproveitar a maternidade da melhor forma possível”.

Sua primeira filha, Jada, foi mundialmente conhecida por ir até a quadra com a mãe no US Open em 2009 e 2010, após ambas as finais serem vencidas por Clijsters. “Minha filha não se lembra de nada, por isso é bom ter imagens que imortalizem este momento para que possa compartilhar tudo que vivi em minha carreira”, recorda Kim.

“É uma verdadeira oportunidade para rever minha carreira e perceber tudo que aprendi na vida. Às vezes, como quando meu pai faleceu, senti que a vida não poderia piorar. É então que nos damos conta que tudo é como tem que ser. A vida, assim como o tênis, se baseia na paixão com que você a vive. Muitas vezes simplesmente temos que estar ali e aprender com cada dia que vivemos”, comentou a campeã de 43 títulos profissionais ao comentar sobre a nomeação ao Hall da Fama.

Para encerrar, Clijsters comentou sobre sua melhor memória dos tempos de profissional. E a resposta foi curiosa. “Quantas pessoas aos 17 anos tem a oportunidade de enfrentar Steffi Graf naquele que acabaria sendo seu último Grand Slam? Aquilo foi incrível! Tudo o que queria fazer ela admirá-la. Simplesmente queria ver como amarrava os cadarços de seus sapatos, como arrumava o cabelo antes do jogo ou como arrumava suas raquetes. Incluindo nisso tudo a derrota, o impacto deste duelo e a motivação que me deu foi enorme. É, sem dúvidas, o maior momento da minha carreira”.