A ATP anunciou nesta sexta-feira mudanças significativas no processo de negociações do direito de transmissões de suas competição agregando 12 torneios de nível 250 a um pacote, que deixou São Paulo de fora
Inspirado nos modelos de sucesso realizado pela ATP Media, um braço da administração do circuito que cuida produção, transmissão e venda dos direitos televisivos dos torneios.
O trabalho da ATP Media uniu todos os nove torneios do Masters 1000 em um único plano de direitos de transmissão, o que obriga contratualmente a TVs do mundo todo a exibir todos os nove torneios e pagar por todos eles. No Brasil, por exemplo, os Masters são de exclusividade dos canais SporTV. O mesmo ocorre com os 13 torneios do ATP 500, que não passam no Brasil exatamente porque nenhum grupo televisivo comprou estes direitos. Este processo fez a audiência global destes torneios duplicar nos últimos 10 anos.
De acordo com números apresentados pela própria ATP, em 2008 era de 464 milhões de pessoas em todo o mundo, exatamente um ano antes da criação do primeiro conglomerado de venda de direitos que unia os ATPs 500 e chegou a 938 milhões de pessoas em 2016, num crescimento de 102%.
Com base nisso, a ATP reuniu no mesmo pacote os ATPs 250 de Chennai (Índia), Houston (Estados Unidos), Budapeste (Hungria), Estoril (Portugal), Lyon (França), Antalya (Turquia), Eastbourne (Inglaterra), Gstaad (Suíça), Los Cabos (México), Winston-Salem (Estados Unidos), Chengdu (China) e Antuérpia (Bélgica).
No comunicado enviado a imprensa, o presidente da ATP, CChris Kermode, comentou: "Os direitos de mídia são uma das maiores áreas de crescimento em nosso esporte e vimos resultados tremendos comercialmente e em termos de audiência com a centralização de direitos no nível Masters 1000 e ATP World Tour 500. Queremos ver esse crescimento replicado aos torneios do 250 que, como categoria, representa o maior número de eventos no circuito. Estamos muito satisfeitos por ter iniciado este processo, com doze torneios chegando a bordo nesta fase inicial. Procuraremos expandir este número ainda mais quando os direitos ficarem disponíveis nos próximos anos".
Os demais torneios não contemplados pelo agrupamento, caso do Brasil Open, seguem as regas de mídia da ATP, que autoriza suas direções a negociar individualmente seus direitos de transmissão.