A fase que vive o sérvio Novak Djokovic está longe de ser boa. Com resultados aquém do esperado para um tenista de seu nível, muitos atribuem a responsabilidade pela crise ao guru Pepe Imaz, único remanescente da antiga equipe do sérvio.
Baseando sua filosofia em amor, respeito e aceitação própria, Pepe Imaz tenta ajudar todos os jogadores através de sua experiência pessoal. “Eu me maltratava pois não conseguia o que queria ou que esperava de mim”, confessa o guru. “Minha forma de autoflagelo foi com a comida. Fiquei bulímico. Tentava preencher o vazio dentro de mim com comida, até que chegou o momento em que entendi que respeito e amor próprio são a solução”.
Imaz, que reconhece não ter nenhuma preparação acadêmica, conheceu Djokovic através de seu irmão Marco. “Marco passou por um momento muito difícil, e compartilhei com ele o que havia funcionado para mim. Para ele funcionou também, com mudanças notáveis. Sua família percebeu os frutos de nosso trabalho e Novak quis saber o que havia por trás do sucesso. Foi assim que nos conhecemos, há uns 4 anos”.
“Com Novak apenas compartilhei minha experiência pessoal. Não tenho nenhum protagonismo no aspecto tenístico. Dessa forma lhe ajudei durante 4 anos, sem perder sua intensidade e sua energia”, afirma.
Pepe Imaz afirma não se sentir culpado pela má fase do sérvio e aponta a fadiga física e mental posterior a Roland Garros 2016 como responsável pela crise. “Quando Novak venceu Roland Garros, vinha de uma corrida de seis ou sete anos em altíssima intensidade. Neste momento não respeitou o descanso que deveria ter tido, realmente uma decisão muito difícil quando os torneios seguintes eram Wimbledon e os Jogos Olímpicos”.
“Djokovic teve um início de ano bom. Ele é o principal interessado em voltar a vencer. Mas chega um momento em que o corpo não tem mais reservas”, concluiu o guru espiritual.