O Tribunal de Contas da União (TCU) negou, na última quarta-feira, a apelação feita pela defesa do ex-presidente da Confederação de Tênis (CBT), Jorge Lacerda, denunciado por irregularidades no uso de recursos federais advindos do Ministério dos Esportes.
A multa no valor de R$ 49.500 deverá ser paga por Lacerda em até 15 dias após o recebimento oficial na notificação emitida pelo TCU.
O processo refere-se à captação de R$ 440 mil para a realização o torneio do circuito de veteranos da ATP o Grand Champions Brasil, realizado em 2011. Do projeto inicial coube à Premier Sports Brasil R$ 400 mil para montar as estruturas, e à Brascourt R$ 40 mil. Entretanto, o torneio mudou de sede para o Clube Harmonia de Tênis, que não cobrou aluguel das quadras, mas a CBT manteve a captação e justificou-se com notas fisais fraudadas.
Em seu despacho, o TCU apontou: "não é possível aferir a boa-fé do Sr. Jorge Lacerda da Rosa, uma vez que, na formulação da proposta ao Ministério do Esporte, omitiu o fato de que não competia à CBT a realização do evento, além de ter realizado pagamentos os quais não possuem comprovação de nexo causal entre os recursos públicos captados e as despesas realizadas e ter apresentado notas ficais fraudulentas na prestação de contas".
O ex-presidente da CBt foi procurado pelo site Globo Esporte, mas optou por não falar. Seu advogado, Guilherme Augusto Fregapani, negou que Lacerda tenha desviado dinheiro e nem sido condenado.
Também fazem parte do processo o comentarista do SporTV e ex-tenista Dácio Campos, sócio da empresa Premier Sports Brasil, e Ricardo Pinto Marzola Júnior, dono da Brascourt Pisos Esportivos.