Por Ariane Ferreira - Atual bicampeão do Brasil Open, o uruguaio Pablo Cuevas está mais que em casa e busca no carinho dos fãs e apoio até de compatriotas forças para buscar o tri e igualar-se a Nicolas Almagro como maior vencedor do torneio.
Cuevas analisou sua tranquila vitória sobre o argentino Facundo Bagnis: "Comecei bem, no terceiro game já consegui quebrar seu saque e isso me deu um pouco de tranquilidade. Joguei bem, agressivo e isso me ajudou a quebrá-lo algumas vezes".
Vindo de queda na primeira rodada do Rio Open, onde defendia o título, Cuevas considera-se adaptado a São Paulo: "A verdade é que me senti bem, devolvi bem. Aqui a bola no saque vai muito rápido e ainda consegui quebrá-lo quatro vezes. Logo ele, um rival que não dá tantas chances".
Entre a Quadra 1 e a zona mista para falar com a imprensa foram mais de oito minutos de caminhada e selfies com os torcedores. Todo esse carinho ajuda? "Na semana passada não interferiu positivamente", brincou o uruguaio e seguiu: "Tomara que aqui interfira. Sempre é lindo estar em um torneio onde a gente encontra e recebe esse carinho das pessoas".
Com compatriotas na torcida, Cuevas comentou a união de seu povo: "São Paulo e no Brasil, sempre tem [uruguaios]. Alguns estão de férias, como no Rio, outros vivem aqui. Há bons uruguaios e como somos poucos, sempre queremos estar próximos e sempre apoiamos nossos atletas", disse ele que nasceu na Argentina e se criou no Uruguai em meio a uma população pouco superior a 3 milhões de pessoas.
O número um da América do Sul no ranking da ATP, disse que apoiaria a criação de mais um ATP na região. "Esta é uma vantagem grande que nós os jogadores sul-americano temos quase três ou quatro anos na América do Sul todos os anos. E depois no resto do ano você tem que estar viajando constantemente. perto de casa, significa que se perde na primeira rodada você pode ir para casa e isso é uma diferença muito grande. Um jogador sul-americano, por exemplo no meu caso, que vou para a gira europeia sobre o saibro que começa em Monte Carlo e termina em Roland Garros, são mais de 10 semanas longe de casa. É muito duro".
Cuevas aguarda pelo vencedor da partida entre o argentino Diego Schwartzman, algoz de Thomaz Bellucci e o austríaco, Gerard Melzer. Sobre o confronto pontuou: "Já joguei contra os dois. Ambos têm características diferentes. Venha quem vier será difícil, quem vencer deles virá com dois jogos [disputados]. Vou tentar me concentrar em mim e fazer meu bem, que foi o que fiz hoje."
Sobre a perceria de sucesso ao lado do espanhol Pablo Carreño Busta, Cuevas frisou que é temporária: "Pablo já tem um companheiro e eu também tenho o meu. Coincidimos de jogar juntos aqui na América do Sul e quando os resultados aparecem, se pensa nisso, mas tanto ele quanto eu temos companheiros bons e quem sabe em outra oportunidade venhamos a jogar juntos".