Roddick emocionado por indicação ao Hall da Fama: ‘Nem sempre acreditei'

O americano Andy Roddick, que ocupou o posto de número 1 do mundo e foi campeão do US Open, foi recebeu sua indicação para o Hall da Fama do Tênis, em Melbourne. Em coletiva após a nomeação, o ex-tenista falou sobre o sentimento de ser indicado, sua relação com Roger Federer, entre outros assuntos.

“Eu sei bem o tamanho da honra de ser indicado e o quanto isso significa para quem está lá. É um sentimento diferente, eu não sou Roger (Federer), eu não sou Serena (Williams), não sou nenhum desses jogadores que é só uma questão de tempo para serem indicados. Então eu estou extremamente grato por ter sido indicado. Sabia que tinha uma chance, sei a carreira que tive, mas nunca tive certeza se chegaria lá”, comemorou o americano.

“Tenho sido fanático pelo tênis há tanto tempo. Só de ler a lista dos jogares aos quais estarei relacionado, me sinto ganhando um presente de Nadal como se tivesse oito ou nove anos novamente. O impacto que os membros do Hall da Fama tiveram em mim ao longo de tanto tempo é extremamente significativo na minha vida”.

No meio de tanta euforia e com tudo acontecendo tão rápido, o ex-número 1 confessou não ter pensado ainda em um discurso para sua nomeação.

“Ainda não pensei no meu discurso. Na verdade não pensei em muita coisa desde que comecei as conversas. Não sabia que chegaríamos aqui, mas conforme as coisas forem se acertando eu vou começar a pensar nisso. Talvez demore alguns meses e eu provavelmente adotarei um ar mais organizado e formal”, brincou Roddick.

Roddick ainda foi indagado sobre Roger Federer. O suíço parabenizou a indicação do americano via Twitter e é fato conhecido que, apesar da rivalidade em quadra, com ampla vantagem em vitórias do suíço, os dois jogadores sempre foram amigos.

“Vantagem apenas de 18 partidas. Eu o venci da última vez, ele tem sorte que me aposentei”, brincou Roddick arrancando risos dos presentes. “Acho que a palavra mais fácil sobre nossa relação é respeito. Ele obviamente será respeitado em qualquer lugar que vá e eu aprecio o respeito que ele demonstrou por mim durante todos esses anos”.

“É estranho compartilhar a história com alguém, essa pessoa se torna parte da sua definição por um longo tempo. E eu sou feliz pois parte da definição de quem sou eu e do que fiz da minha vida é alguém respeitoso, com classe e um grande ser humano como Roger. Seria horrível para mim que essa pessoa, que acabou comigo tantas vezes em quadra, não fosse alguém tão bom como Roger”, comentou o americano.

Por fim, Roddick, que sempre se declara um apaixonado pelo tênis, falou sobre a sensação de dedicar sua vida toda a isso e ter que se aposentar.

“É um sentimento agridoce. A parte boa é que não existe uma lei que me proíba de jogar tênis com alguns amigos sempre que eu quiser. Não é como se eu tivesse me afastado do esporte para sempre. As partes inocentes do tênis sempre serão acessíveis para mim, a parte do esporte que fez com que eu me apaixonasse de início sempre estará lá e eu não sei se preciso de holofotes ou audiência para isso”, declarou o apaixonado tenista.