O suíço Roger Federer continua com suas bem humoradas, transparentes e reveladoras entrevistas. Desta vez ele falou sobre o circuito enquanto esteve fora, pontuou a nova geração e declarou sua felicidade por poder competir novamente.
“Estou bastante positivo”, disse Federer. “Tive esse período afastado para que eu pudesse jogar por mais dois ou três anos, não apenas mais seis meses ou menos. Meus planos são a longo prazo”.
O suíço está claramente mentalmente revigorado à medida em que está totalmente recuperado da lesão no joelho que forçou sua ausência. Junto com sua reabilitação, o tempo afastado permitiu que Federer aproveitasse um período maior com seus amigos e família. No entanto, tais atividades não o impediram de ficar de olho no progresso dos de seus rivais e colegas.
“Acho que a grande surpresa, em alguns aspectos, foi o fato de Andy Murray ter se tornado número 1 do mundo no final do ano. Da forma que Novak estava jogando no começo do ano, a resposta mais lógica era que ele seria o líder do ranking no fim do ano, então achei que foi uma grande surpresa, sem desmerecer os méritos de Andy, claro”.
“Ele precisou fazer algo muito especial no final para que isso acontecesse. Tiro meu chapéu para ele, foi uma performance inacreditável”, comentou o suíço.
Outra ótima surpresa foi o progresso continuo de seu compatriota, Stan Wawrinka. “Stan vencer o US Open e seu terceiro Grand Slam em três anos foi, sem dúvidas, o ponto alto do ano para mim, especialmente porque eu estava muito feliz por ele. Eu sei o que significa vencer em Nova Iorque e ele sabe qual é a sensação agora. Fico feliz que possamos dividir isso”.
Federer também fez uma observação cuidadosa à respeito do progresso da nova geração, apontando Alexander Zverev, de 19 anos, e Dominic Thiem, de 23, como os mais impressionantes e talentosos dentre os mais jovens.
“É sempre excitante porque você que eles se saiam bem. Você quer que eles cresçam porque eles é que contarão a nova história”, pontuou. “Normalmente eles são muito jovens e não carregam peso algum nos ombros. Podem apenas ser livres, honestos e eu amo ver o crescimento desses jovens”.
Federer teve uma nova chance de experimentar o potencial da nova geração já no inicio desta temporada quando Zverev conquistou mais uma vitória sobre a superestrela na Hopman Cup. Em uma partida de três sets, com dois tie-breaks, muitos a elegeram como a partida do torneio. O suíço, no entanto, consegue ver uma vitória além da derrota.
“Foi uma ótima partida, em ótimo nível. Creio que nós dois jogamos bem por um longo período de tempo, algo que não é tão fácil no início da temporada. Foi muito bom jogar assim por duas horas e meia”.
“Mas quem liga para derrotas? Contato que eu esteja livre de lesões e esteja bem, estou feliz”, pontuou.
Mais do que qualquer coisa, Federer estava apenas feliz de poder voltar às quadras, de volta às intensas batalhas competitivas das quais ele sentiu tanta falta.
“Eu sou um jogador competitivo, gosto de grandes arenas, adoro estar lá e fazer acontecer diante de tantas pessoas”, disse o suíço em Perth.
“Então chega de treinos, chega de academias, chega de mesas de massagem. A competição era o que eu estava sentindo mais falta em todo esse tempo”.