O espanhol Francisco Roig, que faz parte do corpo técnico de Rafael Nadal ao lado de Toni Nadal e Carlos Moya, contou ao site Cadena Cope que vê em seu pupilo uma garra muito maior que nos anos anteriores em que esteve a seu lado.
Afastado das quadras desde outubro de 2016, Rafael Nadal decidiu fazer todo um preparo com o máximo de dedicação para a temporada 2017. O resultado de todo esse preparo pôde ser visto em Abu Dhabi, onde o espanhol conquistou o título derrotando Tomas Berdych, David Goffin e Milos Raonic.
“Fisicamente Rafa está bem. É o primeiro ano que ele pôde trabalhar especificamente a parte das pernas, algo que não pudemos fazer nos demais anos em razão dos problemas nos joelhos,” comentou Roig. “Poder fazer esse trabalho exclusivamente nas pernas deve render resultados bem melhores neste ano.”
“Sempre o vi com muita vontade, ele ama o que faz, é um grande campeão e sempre quer mais. Vejo que este ano está com muito mais garra que nos demais anos”, aponta Roig quando indagado sobre a motivação de Nadal. “Ele ainda precisa se controlar um pouco. Em Abu Dhabi fez isso mas não acredito que ele vá conseguir na Austrália. Hoje acredito que ele esteja 70-80% de seu nível, mas para chegar a 100% precisa de mais tempo e vitórias em quadra.”
Roig ainda contou como os três treinadores se dividirão entre os torneios disputados por Nadal. “Vamos dividir, eu terei praticamente o mesmo calendário, mas troquei a Austrália por Wimbledon. Carlos estará com ele durante umas 14-15 semanas e Toni terá mais torneios que nós dois.”
“Ouvir uma voz a mais é sempre bom. Ter Carlos conosco é ótimo, por sua experiência e por dar uma motivação nova para Rafal. Moya é muito próximo à Rafa e sua relação é ótima, se conhecem há anos já e ter uma boa relação entrei treinador e jogador é muito importante, principalmente por passarem tanto tempo juntos nos torneios.”
Sobre o objetivo principal da temporada, Roig é bem direto. “Conhecemos Rafa, Roland Garros é sempre seu maior objetivo. No entanto, seu objetivo maior é voltar a ser competitivo dentre os grandes e vencer outro Grand Slam. No entanto, falar hoje, em Janeiro, se ele conseguirá é delicado. Sei que ele seguirá tentando partida após partida.”