Sempre requisitado por seu status, sua marca de falar sempre o que pensa e pelo apreço pelos meios de comunicação, o americano John McEnroe concedeu uma entrevista a uma rádio nova-iorquina em que voltou a enumerar sua lista particular dos melhores de todos os tempos.
O ex-número 1 e campeão de 7 títulos de Grand Slam segue com a opinião que os melhores jogadores da história estão em atividade. “Para mim o maior de todos os tempos é Roger Federer, por sua consistência e talento. Rafael Nadal vem a ser o segundo melhor. Os dois se enfrentaram em seu melhor momento e Nadal saiu-se melhor nestes duelos. Em geral, creio que Federer foi mais consistente e o espanhol mais propenso à lesões.”
Seguindo com o que o suíço e o espanhol significaram para o esporte, McEnroe já pode ver o fim de carreira de ambos. “Estamos à beira de um vazio devido à proximidade do final da carreira de ambos. Não imagino que durem mas de dois anos no circuito.” Para John, os dois completam o olimpo do tênis. “Junto a eles está Pete Sampras, para mim o melhor que já existiu na quadra rápida. Djokovic agora entrou para o top-5 e para completar, Rod Laver, meu ídolo de infância.”
A respeito do tênis norte-americano, McEnroe vê potenciais top-10, ainda que não se atreve a arriscar sobre algum campeão. “Na realidade há alguns jovens americanos que podem seguramente entrar no top-10. Se podem vir a ser campeões de Grand Slam já é algo que eu me pergunto sempre.”
“Hoje em dia a linha de fundo é a zona da quadra a qual o tênis se resume na maior parte do tempo, devido à tecnologia e velocidade de jogo. Antigamente um tenista conhecia o jogo, as estratégias, as sutilezas, as matizes do esporte, venceria facilmente um atleta. Hoje, o atleta vence o tenista. Por isso que jogadores como Djokovic, Federer, Nadal e Murray seguem isolados no topo, eles conseguem mesclar os dois mundos. Nos Estados Unidos precisamos encontrar um jogador que seja tão completo quanto estes,” analisou o ex-tenista do Brooklyn.
McEnroe ainda aponta Nick Kyrgios como o jogador que poderia ter todas estas qualidades, mas peca pelo mental fraco. “Talentos como Nick Kyrgios poderiam ser número 1 do mundo. No entanto, sua mentalidade é de um jogador 100 do mundo. E quando você junta talento de número 1 e mentalidade de número 100, você tem um 13 do mundo.”