Após conquistar Xangai, Andy Murray nunca esteve tão perto de ser número um do mundo. A 915 pontos de distância no ranking da temporada e 2415 no ranking de entradas, as perguntas sobre alcançar um dos maiores objetivos de um tenista foram inevitáveis.
Murray, que declarou ter jogado melhor em Xangai do que em Pequim (não perdeu set em nenhum dos dois eventos), “batendo na bola de forma muito limpa”, se mostrou animado e falou, como nunca havia feito antes, sobre a ida ao topo como algo factível, mas permaneceu comedido e preferiu pensar no objetivo como algo para o início de 2017.
“No início do ano, Novak venceu Doha, Australian Open, Indian Wells, Miami, Roland Garros, Madri e fez final em Roma (perdendo para o próprio Murray). Por isso, meu objetivo não era terminar este ano como número um, mas no início do ano que vem haverá uma chance”, disse, lembrando que o rival tem excelente retrospecto em quadras cobertas – Nole é o atual tricampeão consecutivo em Paris e tetra em Londres, cidade do ATP Finals.
“Porém, Novak irá vencer partidas. Ele é o melhor jogador do mundo. Não me lembro de vê-lo perder um jogo em quadras indoor (fechadas, em arenas) em muito tempo”.
Na sequência, o campeão de Wimbledon destacou a maior virtude que um atleta precisa ter para atingir o ponto mais alto do ranking, o que ele acredita estar fazendo neste ano, desde os torneios de saibro.
“O mais importante em alcançar o número um é (para isso, você tem que) ser extremamente consistente ao longo do ano inteiro, o que eu consegui desde a temporada de saibro”.
“Nos últimos meses, eu venci muitas partidas e melhorei em vários aspetos. (Dentro de quadra) Estou indo à frente melhor e mudando melhor a direção da bola, além de sacar melhor nas horas importantes”, avaliou, completando com uma frase que mostra sua vontade e determinação para alcançar o que os outros três integrantes do big four já conseguiram.
“Acredito que posso chegar lá (no topo do ranking). Eu definitivamente acredito. Os últimos meses me provaram isso. Irei dar o meu máximo, porque é possível que eu nunca tenha outra chance”.