A chave principaldo Campeonato Internacional de Tênis de Santos foi sorteada neste sábado. Entre os destaques do Challenger com premiação total de US$ 50 mil, estão o campeão juvenil de duplas do US Open, Felipe Meligeni Alves, e Thiago Monteiro.
Há exatamente uma semana, Felipe Alves se tornou o quinto brasileiro a vencer um título juvenil de Slam, no US Open, ao lado do boliviano Juan Aguilar. O tenista de 18 anos revelou que recebeu conselhos do mineiro Bruno Soares, campeão de cinco troféus de Slam, antes da decisão em Nova York: "Ele estava lá e me deu uma força nos últimos dias. Foi bem legal a experiência de ganhar um Slam pela primeira vez. Não é fácil".
A estreia do jovem será contra o argentino Nicolas Kicker, cabeça de chave 7. "Eu não o conheço tão bem, só o vi jogando em Curitiba. Sei que será um jogo difícil, o piso aqui está bastante lento. Mas eu venho jogando bem, com confiança. Conquistar um resultado legal aqui seria muito bom", comentou Meligeni Alves, que recebeu um convite para o torneio.
Após debutar pela equipe brasileira da Copa Davis no confronto com a Bélgica, Monteiro joga em Santos como cabeça de chave 2 e duela na primeira rodada com o convidado Osni Júnior. A primeira rodada terá mais três partidas entre brasileiros: André Ghem contra Wilson Leite, Thiago Wild diante de João Pedro Sorgi e Rafael Matos contra Pedro Sakamoto.
"Poxa, tinha um treino com o Sakamoto amanhã, vou ter que cancelar", lamentou Matos. "Jogo bem duro, mas ao mesmo tempo bom, porque ele dá bastante ritmo para jogar. Tenho que jogar de forma intensa e lutar bastante", acrescentou o gaúcho.
Principal favorito, o argentino Facundo Bagnis encara o compatriota Maximiliano Estevez na estreia no litoral paulista. Terceiro candidato ao título, Rogério Dutra Silva joga contra o chileno Bastian Malla. O cabeça de chave 5 João "Feijão" Souza, por sua vez, terá pela frente o argentino Agustin Velotti.
Promessas explicam sucesso nas duplas
Dos cinco brasileiros que foram campeões juvenis de Slam, quatro conquistaram o feito na chave de duplas. Felipe Meligeni Alves acredita que é mais fácil se manter positivo jogando com um colega: "Acho que a gente joga mais à vontade quando está com o parceiro, melhor do que jogando sozinho, quando você depende só de si mesmo. O parceiro às vezes te puxa para cima e te ajuda. Isso dá mais confiança".
Vice-campeão de duplas juvenis do US Open de 2014, Matos concorda com Meligeni Alves. "Às vezes você sente que está treinando bem e não consegue jogar tão bem em simples, e entra mais relaxado nas duplas. A pressão é menor e há um parceiro do lado. No caso do US Open, estava com o João Menezes, com quem eu estava viajando há dois anos", comentou.
O mineiro Pedro Bernardi, de 25 anos, tomou a decisão de se especializar nas duplas neste ano. "Comecei a ganhar torneios nas duplas, ficar com um ranking muito melhor. Acabou dando bastante resultado. O trabalho é um pouco diferente nos treinos, na preparação física. Mas já melhorei demais", afirmou Bernardi, que jogará com Pedro Sakamoto em Santos.
Bernardi se inspira no gáucho Marcelo Demoliner, que também treina na academia carioca Tennis Route e virou duplista. "Ele é uma referência para a gente, hoje está entre os 70 melhores do mundo. Sempre que posso eu treino com ele, peço dicas de duplas", disse o mineiro, que espera um dia ter a chance de jogar ao lado de Demoliner.
Resultados do qualifying deste sábado (17/9):
Luiz Eduardo Santos (BRA) v. João Pedro Alcântara (BRA), 6/1 6/4
Gabriel Tumasonis (BRA) v. Felipe Galvão (BRA), 6/0 6/2
Renato Lima (BRA) v. Pedro Bernardi (BRA), 5/7 6/0 6/3
Felipe Brandão (BRA) v. Bruno Pessoa (BRA), 6/2 6/1