Novak Djokovic se tornou, no último final de semana, o presidente do Conselho de jogadores da ATP com Andy Murray no mesmo com os brasileiros Bruno Soares e Marcelo Melo. Rafael Nadal já foi vice-presidente com Roger Federer no comando, mas saiu antes de terminar o mandato.
Cada jogador eleito fica dois anos e tem voto e participação nas decisões da Associação dos Tenistas Profissionais, mas Nadal criticou bastante a postura da ATP diante de suas ideias e dois sul-americanos concordaram. Inclusive foi posto em pauta o torneio do Rio Open ser jogado no piso duro.
"Não sei o que eles vão trazer, não tenho ideia. Estive na mesma situação e estaria mentindo se dissesse que foi uma experiência positiva pois não é assim. Algumas coisas foram feitas, mas seria igual se não fossemos do Conselho dos Jogadores. Coisas precisavam ser mudadas e seria positivo, mas não foi a realidade", disse o espanhol número cinco do mundo.
O argentino Juan Monaco comentou: "Nadal é o espelho do que os sul-americanos e espanhois pensam. Ele tentou mudar tanta coisa a favor de nós sul-americanos e espanhois como mais torneios no saibro, ranking de dois anos, períodos mais longos de descanso. Conversei bastante com ele e quando você propõe tanta coisa e ninguém liga, fica cansado. Você sugere mais uma coisa e ninguém presta atenção e fazem o mesmo".
Pablo Cuevas segue e afirma que nem todo mundo está interessado no Conselho: "Não sei quem é o novo presidente, nem o que falou. Não vou às reuniões. Se alguém como o Rafa não conseguiu mudar, o que posso fazer ? Desisti antes de começar. Eles sempre fazem menos torneios no saibro. A Gira sul-americana já perdeu Acapulco que foi pro piso duro, já conversaram em colocar o Rio de Janeiro pro piso duro, Quito é saibro, mas é como se tivesse jogando em Marte (altitude). Nada vai mudar".