Ex-número um do mundo em simples e duplas, o lendário americano John McEnroe não ajuda mais o canadense Milos Raonic, 6º da ATP, como parte de sua equipe técnica, ao menos durante o US Open, que começa amanhã.
Sem esclarecer profundamente os motivos, McEnroe declarou que as razões estavam relacionadas com o canadense, com a ESPN (emissora para que ‘Big Mac’ trabalha como comentarista) e consigo mesmo.
“Obviamente, houve uma discussão. A questão é deixar a vida mais fácil para todo mundo. Quero pensar que posso ter uma boa relação com o resto dos jogadores do circuito. É melhor separar as coisas e facilitar a vida de todos”, afirmou John.
A parceria entre canadense e americano rendeu ótimos frutos a Milos, também treinado por Carlos Moya e Ricardo Piatti, que chegou às finais em Queen’s e Wimbledon, na grama inglesa, fez quartas de final no Masters de Toronto e semifinal em Cincinnati, dois Masters 1000 preparatórios para o US Open. Mas o maior problema foi a agenda de McEnroe. Comentarista da ESPN há anos, ele chegou a um ponto em que teve de ‘escolher’ entre o trabalho de longa data ou a assessoria técnica ao pupilo.
Em Wimbledon, o canal de esportes fez de tudo para ajudar John na situação, tirando-o das transmissões quando Raonic jogava suas partidas. Mas, na final, disputada contra Andy Murray, a emissora bateu o pé e exigiu a presença de seu comentarista sênior, o que gerou uma enxurrada de críticas por parte de espectadores, fãs e analistas, inclusive Andy Roddick, que relataram comentários claramente ‘imparciais’ por parte de John, além de, é claro, o fato de o técnico de um dos tenistas estar comentando o jogo ser, no mínimo, pouco ético.