O número um do mundo, Novak Djokovic, está em sua quarta final de Roland Garros. Ele marcou 6/2, 6/1 e 6/4, em 1h48min, sobre o jovem austríaco Dominic Thiem, mais novo top 10 da ATP, em uma atuação quase perfeita, e aguarda o vencedor da outra semifinal.
Nela, Andy Murray, 2º colocado, e Stan Wawrinka, 4º e campeão de 2015 em Paris – vencendo Nole na final – travam uma batalha para definir o segundo finalista. No domingo, Novak tentará, mais uma vez, fechar o Grand Slam, conjunto dos quatro torneios mais importantes do tênis – ele já foi campeão na Austrália, seis vezes, em Wimbledon, três, e no US Open, em duas oportunidades diferentes.
Djokovic tentará seu 12º Grand Slam em sua quarta final no torneio. Em 2012 e 2014, ele foi derrotado por Rafael Nadal, o 'Rei do Saibro', e, no ano passado, como já mencionado, caiu para o suíço Wawrinka.
O JOGO
Djokovic começou o jogo com tudo. Afundando muito suas bolas, ele contou, também, com um Thiem muito errante – o jovem cometeu sete erros não forçados nos três primeiros games e impressionantes vinte (20) no primeiro set. Tal combinação só poderia resultar numa vitória do sérvio, e foi isso que ocorreu. Em 42 minutos, apesar de Thiem se esforçar muito e ter bons momentos, Nole marcou 6/2, conseguindo quebras no segundo e no último games.
A segunda parcial não foi tão diferente. Dominic confirmou seu primeiro serviço do set, mas não resistiu em seu segundo game. Vendo-se obrigado a forçar muito suas bolas, devido à incrível cobertura de quadra feita por Djokovic e os contra-ataques mortais deste, o 15º colocado continuava a cometer muitos erros. Ao mesmo tempo, ele se recusava a mudar de estratégia, não abrindo mão de ser agressivo e atacar todas as bolas. Dessa forma, teve seu saque vazado em 1/2 e 1/4. Rapidamente, em 28 minutos, Novak já tinha percorrido mais de metade do caminho à final.
A terceira etapa começou de forma bem mais animadora para o azarão. Ele conseguiu três winners em sua linda esquerda e saiu na frente. Depois, contou com o pior game do tenista de Belgrado no jogo, com uma dupla falta e um erro não forçado de direita, para conseguir sua primeira quebra da partida, em lindo forehand, em cima da linha. Na sequência, abriu 3/0, jogando muito bem e levantando a torcida na Suzanne-Lenglen, que, naturalmente, queria ver jogo.
Mas parou por aí. Novak voltou a jogar num nível muito superior e, trocando muitas bolas, viu Dominic voltar a errar muito e entregar a quebra que tinha: 3/2. Na sequência, saindo de um 15/30 no sexto game, empatou.
No importantíssimo sétimo game, ele atacou o adversário na troca de bolas, abriu 0/30 e, um ponto depois, protagonizou o melhor momento do jogo: após chegar em curtinha e lob do jogador de 22 anos, o melhor do mundo foi atacado com uma bela cruzada, mas disparou uma primorosa direita paralela: 15/40. Depois disso, o mais novo top 10 da ATP frustrou-se e errou na esquerda.
Então, sacando em 5/4, Djoko estranhamente cometeu dois erros não forçados e teve de salvar um 30/40, em que sacou muito bem e exorcizou seus fantasmas, vibrando demais. Posteriormente, em dois erros do oponente, ele carimbou seu passaporte, em menos de duas horas, para mais uma final de Roland Garros.