Após a vitória por 6/3 7/5 diante do jovem Alexander Zverev, de 19 anos e 44º colocado, Roger Federer revelou seu pessimismo quanto ao jogo e para seguir no torneio de Roma, na Itália, onde enfrenta o austríaco Dominic Thiem, 15º colocado.
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"Não esperava vitória hoje e sim perder em dois sets. Não quero tomar nenhum risco pras costas ou joelho. Então vou colher informações e decidir só amanhã", apontou Federer que revelou estar parando a cada 15 minutos em seus treinos no Foro Itálico.
“Joguei de forma muito cautelosa. Na verdade, só decidi que jogaria após o aquecimento. Por isso, foi uma grande partida, em vários sentidos”.
“Olhando para as próximas semanas, isso [disputar a partida de hoje] foi algo que senti que deveria fazer, para ter uma noção de como estou. Teria sido muito fácil não jogar e, depois, simplesmente ficar inseguro quanto à minha condição para Paris [Roland Garros, que começa no próximo dia 22]. Em algum momento, eu precisaria ir à quadra e ver como me sentia. Então, estou feliz, porque pude ir lá [na quadra] e jogar uma partida completa sem me sentir mal]”.
Questionado sobre ter perdido ou não para jogar no primeiro horário, quando o clima na cidade romana está menos úmido, Roger negou tê-lo feito, e acrescentou que crê numa decisão da organização: segundo ele, já que os diretores sabiam da possibilidade de Federer desistir, puseram-no foram dos horários nobres, para não decepcionar o público em casa de desistência. Esse é a maneira que o número 2 do mundo viu a escolha.
Indagado sobre o fim de sua parceria com Stefan Edberg, o suíço disse que o acordo inicial era de um ano de trabalho e o técnico lhe avisara que não viria para 2016. Para Federer, “poder ter feito dois anos de circuito com Stefan foi tremendo e fenomenal”, pois Edberg é seu ídolo, alguém em que ele sempre se inspirou. Eles ainda se falam, relatou Federer, e são grandes amigos, o que é “maravilhoso”. “Por todas essas coisas, tudo [na relação deles] foi positivo”.
O tenista mais aclamado do tênis mundial ainda falou sobre as Olimpíadas. Perguntado se considerava desistir de algum torneio inicialmente marcado em sua agenda para tentar chegar na melhor forma possível ao Rio de Janeiro, ele negou, afirmando não estar ‘nem pensando no Rio’.
“Eu nunca disse que o Rio era meu único objetivo número 1 da temporada. Meu alvo maior, neste momento, é voltar à boa forma, seja lá o que isso signifique”.
“Espero estar 100% logo. No momento, estou longe disso [estar 100%]. Há muito a ser feito nos próximos 12 dias [tempo restante até Roland Garros, o segundo Grand Slam do ano]. Não estou pensando nos Jogos Olímpicos, porque há muito tênis para ser jogado até lá, se tudo der certo. Portanto, para ser honesto, não tenho como pensar tão longe assim [nas Olimpíadas, daqui a três meses].
No fim da coletiva, Federer ainda disse que seria ótimo ganhar Roma, um dos poucos torneios que ainda lhe faltam no currículo, em 2016, mas “não será neste ano” – obviamente, ele afirma isso por conta de “estar longe do 100%”, segundo o próprio.