Por Leonardo Mamede - Mais jovem entre os integrantes da equipe brasileira que tenta o título sul-americano nesta semana, no Rio de Janeiro, e único deles nascido em 2001, o paulista Mateus Alves se revelou uma pessoa de fala fácil e muito foco na carreira, que recentemente ganhou um grande colaborador.
O tenista de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, treina, há oito meses, com o ex top 90 da ATP e conterrâneo, Thiago Alves, aposentado desde 2014. O jovem considera Thiago como peça-chave de seu desenvolvimento.
“Foi uma das decisões mais importantes que eu já tomei [juntar-se a Thiago Alves]. Desde que eu comecei a treinar com ele, o Thiago fez uma baita diferença. A equipe, os treinos, tudo ficou mais organizado. Desde então, eu melhorei muito: no psicológico, dentro de quadra, em todos os aspectos”.
Ele também explicou sua grande campanha no COSAT. Ele jogou cinco torneios da Gira do início de temporada, sendo campeão em dois [Chile e Copa Gerdau, em Porto Alegre] e vice em um [Assunção, no Paraguai].
“Na minha pré temporada, treinei bem duro com o Thiago, com o objetivo de ir bem nos cinco campeonatos que joguei. Fui para ganhar pelo menos uma etapa e tentar jogar bem nas outras, sem o objetivo de me classificar para a Gira Europeia. Logo na primeira semana, fui campeão, e isso me deu bastante moral para o resto dos torneios. Consegui jogar meu melhor tênis durante esse tempo e acabei me classificando [para a Gira no velho continente, em que os quatro melhores da Gira COSAT se qualificam] ao final, ganhando a Gerdau”.
Fazendo uma avaliação do Campeonato Sul-americano disputado neste semana, Mateus mostrou-se bastante positivo quanto à campanha do selecionado nacional. “Acho que o Brasil tem muita chance sair campeão daqui. Temos uma equipe muito forte. Todos os jogadores - eu, Thiago [Wild] e João [Lucas Reis], são do mesmo nível. Se continuarmos assim durante a semana, acho que saímos campeões daqui”.
Por fim, o rio-pretense apontou aqueles que classifica como os pontos altos de sua vida no tênis, até agora. “Quando comecei a treinar com o Thiago, foi um divisor de águas. Algo muito importante na minha carreira. Os títulos que considero mais importante são o Banana Bowl do ano passado, as duas etapas que ganhei do COSAT este ano, o mundial de 14 anos, que disputei em 2015, e também o título sul-americano [também de 14 anos, também em 2015], em que ganhamos da Argentina na final, em Buenos Aires. Todos esses são muito importantes para mim”.