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Avaliando o momento do tênis, Murray não vê número 1 como sua prioridade

Quinta, 28 de abril 2016 às 18:40:36 AMT

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Tênis Profissional

Apesar de ser o 2º melhor jogador no ranking de simples da ATP, Andy Murray não tem como prioridade assumir a liderança. Claro, a distância de seus 8.175 pontos para os incríveis 15.550 de Novak Djokovic ajudam a afastar a tentação.



Mas o campeão olímpico pensa mais em jogar bem e vencer cada jogo que disputa, apesar de uma hipotética dobradinha com seu irmão, Jamie, que recentemente destronou o mineiro Marcelo Melo e é o melhor nas duplas, ser algo que certamente ele gostaria bastante.

“Seria incrível chegar ao topo do meu esporte. É algo que você sonha quando é criança. Meu irmão acabou de chegar lá nas duplas, seria demais dizer que nós dois alcançamos o lugar mais alto durante nossas carreiras, mas não é algo que eu me foque exclusivamente”, alegou.

A temporada de terra batida em 2016 está diferente da passada. Nadal é, novamente, o jogador a ser vencido, depois de conquistar títulos em Monte Carlo e Barcelona. Federer ainda é uma incógnita, por estar voltando de lesão, enquanto Djokovic levantou dúvidas depois da eliminação para Jiri Vesely, em Mônaco.

Murray, por sua vez, também está diferente – o número 2 do mundo tenta se acostumar à rotina de jogador-pai, depois do nascimento de seu filho, que veio ao mundo pouco depois do Australian Open. Nos Masters 1000 americanos, em Indian Wells e Miami, ele perdeu duas vezes na 3ª rodada, mas em Monte Carlo, primeiro 1000 do saibro, ele foi até a semifinal, em que só foi parado por Rafa, o campeão.

Seu próximo desafio é o Masters 1000 de Madri, que começa na próxima segunda, onde ele defende o título do ano passado, conquistado justamente sobre Nadal, o ‘Rei do saibro’. O escocês demonstrou alegria ao comentar sobre aquele jogo, que marcou o segundo título da carreira na terra batida – ele vencera Munique na semana anterior a Madri.

“Rafa é o maior jogador no saibro de todos os tempos. Ter vencido meu primeiro título de Masters 1000 na superfície sobre ele foi um momento de muito orgulho”.

Apesar dos recentes acontecimentos no circuito, Murray sabe que o tenista a ser batido em Madri será novamente Novak. Depois de vencê-lo na histórica final de Wimbledon em 2013, Andy perdeu 11 dos 12 jogos entre eles, sendo 7 desde o ano passado – a única vitória veio no Masters 1000 de Montreal, por 2x1.

“Todos e qualquer um podem ser batidos, mas, no momento, a consistência de Novak está levando-o àquele patamar em que se é um pouco mais difícil de ser batido”.

“Ele gosta de jogar do fundo da quadra, construindo os pontos com sua incrível consistência nos golpes. Acho que mais e mais jogadores estão tentando encurtar os pontos contra ele, indo à rede mais cedo e botando pressão, mas Djokovic tem a habilidade de executar grandes golpes de qualquer lugar, então nem sempre essa estratégia adianta”, avaliou.

Aos 28 anos, Andy Murray não pensa em aposentadoria. Dizendo com confiança que ‘seus melhores anos ainda estão por vir’, ele está faminto por sucesso em sua carreira, que já é muito vitoriosa, há de se dizer. Até agora, o britânico venceu dois Grand Slams, um Ouro Olímpico e 32 títulos da ATP. Melhorando sua mentalidade, é quase certo que essa coleção seja aumentada. A única pergunta é ‘quando?’.

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