Toni Nadal, tio e técnico do eneacampeão de Roland Garros e que recentemente conquistou, também pela nona vez, o Masters 1000 de Monte Carlo, citou o time do Barcelona como exemplo, comentou a vitória do ‘Touro’ em Mônaco e declarou que seu pupilo está, sim, no páreo para conquistar o decacampeonato em Paris.
“Estamos numa sociedade em que você sobe ou desce rapidamente. O Barcelona era a melhor equipe do mundo, 39 jogos sem perder… e agora, em menos de um mês, perdeu tudo isso. Mudamos muito rapidamente de opinião. Percebo que as pessoas duvidem. Eu também tenho as minhas dúvidas quando os resultados não aparecem”, disse.
Toni salientou a importância de vencer o torneio monegasco, onde o ex número um já se consagrara anteriormente, e ressaltou que o trabalho duro deu resultado.
“Foi importante e emotivo porque há muito tempo o Rafa não ganhava um Masters 1000. Ganhar em Monte Carlo sempre foi especial, um torneio que já tinha vencido em oito ocasiões. Depois de ter jogado de uma maneira intermitente nestes últimos tempos, [ele] conseguiu uma semana muito boa, derrotando jogadores de grande nível”.
Por fim o criticado treinador, que teve sua saída sugerida por muitos veículos e comentaristas de imprensa, incluindo o americano John McEnroe, falou sobre cruzar caminhos novamente com Novak Djokovic no Aberto da França – na temporada passada, Nole despachou Nadal por 3x0 na Philippe Chatrier, quadra central do Grand Slam, impondo ao espanhol apenas a segunda derrota na carreira no segundo major do ano -, admitindo preferir que isso não ocorresse, mas sublinhou que não teme o eventual confronto e acredita que o sobrinho é candidato ao caneco.
“Claro que preferia que não cruzássemos com ele nas quartas de final, mas, se você quer ganhar [o título], tem de superar os melhores. O que Rafa tem de fazer é preparar-se bem este mês e tentar fazer o melhor possível. É um objetivo difícil, mas, se seguirmos neste caminho, o nível do Rafa pode bastar para ser um candidato ao título”.