Por Ariane Ferreira - Thiago Monteiro conversou com a imprensa após bater o tricampeão do Brasil e ex-top 10, o espanhol Nicolas Almagro, falou da boa fase, depois de vencer Jo Tsonga no Rio Open na semana anterior, mas prega pés nos chãos.
"Essas duas vitórias me dão muita confiança. O torneio do Rio me deu muita confiança para chegar bem nesse torneio. Venho traçando a tática desse jogo desde sábado, a gente sabia que ele era um jogador sólido do fundo de quadra. Acredito que consegui impor meu jogo. Jogar de maneira sólida. Consegui machucar ele e foi uma vitória muito importante pra mim", resumiu o cearense.
"Consegui me consolidar bem, consegui ajustar o que eu queria fazer na partida. A torcida me ajudou bastante, me deu muita energia. Ele se incomodou muito com algumas coisas coisas que falaram para ele, mas eu não prestei muito atenção no que aconteceu, estava mais focado em seguir no meu jogo. Mas a torcida me apoiou e isso ajudou bastante", declarou o tênis que em entrevista ao Tênis News na última segunda-feira declarou que contra o temperamento de Almagro em quadra uma interferência da torcida poderia lhe ajudar.
O tenista disse ainda que chegou a ouvir os barulhos causados por um 'panelaço' ocorrido no bairro do clube durante a partida que acontecia simultaneamente a uma propaganda política obrigatória na televisão. Entretanto, por não conseguir identificar de onde vinha o barulho, mesmo incomodado, preferiu manter-se na partida.
Sobre seu próximo rival, o espanhol Daniel Muñoz De La Nava, Monteiro, que já o enfrentou, declarou: "Ele é um jogador muito perigoso. Apesar de ser espanhol, ele joga de um jeito diferente, mais reto. É canhoto. Ano passado quando joguei com ele foi um jogo bem difícil e apesar de eu ter melhorado ele também melhorou".
Questionado sobre a empolgação que tem gerado no público que aponta que suas conquistas têm sido "as maiores desde a Era Guga", Monteiro desconversou. Destacou os feitos e a solidez do número um do país, Thomaz Bellucci, que segundo o próprio ceraense o tem ajudado muito com conselhos e o trabalho de pré-temporada.
"Isso me fez crescer muito, fez mudar minha cabeça", ressumiu Monteiro, que treina na mesma academia de Bellucci, a Tennis Route no Rio de Janeiro e fez aquecimento para a partida contra Almagro com ajuda do preparador físico de Bellucci, André Cunha, e do treinador do número um do Brasil, João Zwetsch, além d sua equipe presente no Clube Pinheiros.
Questionado sobre a chave do torneio paulistano e de esperanças de competir nas Olimpíadas, Monteiro declarou não querer criar expectativas e que está focado apenas na tarefa de traçar uma estratégia para a próxima partida.